Resumo: Pensar nos territórios sonoros da cena musical parece ser uma perspectiva interessante para a terapia ocupacional, no que se refere ao "fazer gênero" entre jovens homossexuais metropolitanos. O objetivo deste artigo é apresentar o exercício teórico-metodológico através do qual as cenas musicais surgiram como perspectiva analítica do lazer noturno metropolitano marcado pelas homossexualidades masculinas. Em um segundo momento, espera-se apontar contribuições dos estudos de gênero para o campo da terapia ocupacional, com base nos achados empíricos. A imersão etnográfica se deu desde janeiro de 2016 a julho de 2017, nas regiões da "Augusta" e "Barra Funda", ambas na cidade de São Paulo-SP. A caminhada como técnica oriunda da antropologia urbana serviu como um "flerte inicial" com o campo de pesquisa em fase de definição, através do qual foram traçadas as primeiras linhas classificatórias advindas do confronto de conceitos pré-existentes e os dados empíricos. Conclui-se que a cena musical colocou-se como rentável recorte do lazer noturno em interface com as questões de gênero, ajudando inclusive a repensar fundamentos epistemológicos da atividade em terapia ocupacional.Abstract: The music scene as sound territories seems interesting perspective for Occupational Therapy in regard to "making gender" among young metropolitan homosexuals. The aim of this work is to present the theoretical-methodological exercise of delimitation of the investigative object of a doctoral research, through which the musical scenes emerged as an analytical perspective of the nocturnal metropolitan leisure marked by masculine homosexuality. In a second moment it is hoped to point out contributions of the Gender Studies for the field of Occupational Therapy based in empirical dates. The immersion in the field happened since January until July 2017 at "Augusta" and "Barra Funda" region. "Walking" was used as a technique from Urban Anthropology. It works as initial contact with the research field in which the time is distinct from ordinary walking. At this moment the preliminary classificatory lines arising from the confrontation of preexisting theoretical contents and the empirical data. As conclusion, the musical scene has worked a profitable cut of nighttime leisure in interface with gender issues, even helping to think epistemological fundamentals of the activity in Occupational Therapy.
<p>Este artigo traça uma análise de documentos curriculares de ensino fundamental (EF) 2 de 16 estados brasileiros com base nos seguintes temas: articulação entre conteúdos universais e locais; abordagem da questão da diversidade; relações dos documentos com as avaliações externas e tratamento dado às especificidades do EF 2. Conclui-se que a maior parte dos documentos privilegia conteúdos considerados “universais” em detrimento da parte diversificada que trataria das questões locais ou regionais; que não explicita de forma clara qual é a especificidade do que deve ser aprendido e ensinado no EF 2; que menciona de algum modo a questão da diversidade, conforme apregoam os PCN e as DNC, mas que há fraca presença de “conteúdos” que promovam a construção de identidades plurais nas várias disciplinas; e que há forte influência das avaliações externas sobre as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.</p>
Resumo Este artigo apresenta os resultados de um estudo cujo objetivo foi identificar as representações, compreendidas na acepção de Chartier, a respeito das dimensões emocionais do trabalho dos professores primários em São Paulo, entre as décadas de 1950 e 1970. Utilizaram-se, para tanto, romances autobiográficos de professoras que exerceram o magistério no período, as revistas produzidas pelo Centro do Professorado Paulista - CPP, bem como as produções da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos – RBEP, como forma de comparar as representações acerca das dimensões emocionais do trabalho docente produzidas pelos próprios professores e as representações produzidas pelos pesquisadores em educação, divulgadas pela RBEP. As emoções são definidas, a partir de Estrela e Damásio, como um sistema dinâmico que proporciona o lidar com o desconhecido e tomadas de consciência, além do julgamento constante (inconsciente e consciente) das ameaças e das oportunidades do cotidiano. As dimensões emocionais do trabalho docente são entendidas como um conjunto de emoções resultantes das interações dos professores no exercício da docência: a relação com os alunos, família, os demais profissionais do ambiente escolar, bem como as emoções decorrentes das condições de trabalho e as mudanças na estrutura educacional. A análise das fontes permitiu identificar em que medida as representações sobre as emoções no trabalho docente estavam relacionadas com a produção do discurso acerca da formação e da prática do professor primário, bem como com a constituição e divulgação da representação do professor primário pelo CPP.
Este artigo analisa relatos de quatro professoras iniciantes, que estão em sala de aula há menos de dois anos, sendo duas delas formadas pela Universidade de São Paulo (USP) e duas pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O critério para a escolha das colaboradoras da presente pesquisa foi o fato de elas, além de serem recém-formadas, terem realizado estágios curriculares diferenciados, na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP (EAFEUSP) e no Programa de Residência Pedagógica (UNIFESP). A análise desenvolvida aqui integra o projeto temático Saberes e práticas em fronteiras: por uma história transnacional da educação (1810 -...) – coordenado por Diana Vidal e Carlota Boto (USP) e financiado pela FAPESP (2018/26699-4) – e busca compreender o modo como as dimensões da memória de seus percursos escolares, das experiências vivenciadas durante o estágio e dos conteúdos teórico-práticos do curso foram mobilizadas para a elaboração de um repertório inicial de práticas, num momento em que elas estão dando forma às suas auto-imagens como docentes. Tendo como base, sobretudo, as concepções de memória (Halbwachs), autobiografia (Nóvoa, Souza), ciclo de vida profissional (Huberman), saberes profissionais dos professores (Tardif) e as produções sobre estágio em docência (Souza, Schön), foi possível constatar que os relatos expressam fortemente o sentimento de isolamento, o medo do julgamento dos pares e as nuances da relação com os alunos, evidenciando que tais sentimentos constituem o eixo que articula os diversos saberes, implicando-as como sujeitos.
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