RESUMONeste texto nos propomos a refletir sobre um tema bastante relevante no campo de pesquisas na área educacional, isto é, a construção das identidades docente. Nosso objetivo é mostrar como essa construção afeta essencialmente o trabalho e a valorização dessa categoria profissional. Para desenvolver esse estudo, adotamos a perspectiva do materialismo histórico dialético no sentido de compreendermos como a diversidade de identidades construídas no curso da história produz efeitos discursivos de desprestígio e desvalorização do trabalho docente. Esses discursos são ancorados em imagens de professor como mestre-escola, pedagogo-educador, sacerdote, cuidador, mediador, colaborador, facilitador etc. Diante dessa constatação, defendemos nesse estudo que esse mosaico de identidades dificulta a construção de uma identidade que fortaleça a autoestima e valorização do professor no âmbito político e social. Portanto, qualquer questão que vise elevar o estatuto socioprofissional da categoria docente deve necessariamente passar por uma profunda reflexão de identidade dessa classe.PALAVRAS-CHAVES:
Nas primeiras décadas do século XX, com o acesso mais popularizado à mídia digital no Brasil e com o crescimento das redes sociais, discursos heterogêneos têm se materializado no ciberespaço. Sendo o discurso constituído por/para sujeitos (Pêcheux, 2009), nos propomos nesse estudo analisar alguns dizeres que circula(ra)m nas redes sociais, através de charges de 2016 a 2020, com o objetivo de desvelar como os efeitos de sentidos do discurso “Não fale em crise, trabalhe!”, forjado no contexto da reforma trabalhista brasileira, afeta(ra)m os entregadores de aplicativo no período de crise econômica, política e sanitária. Esse dizer foi proferido pelo presidente Michel Temer em seu primeiro pronunciamento oficial como presidente em exercício, em 2016. O método utilizado para a análise das charges foi o do materialismo histórico-dialético com base no dispositivo teórico-analítico da Análise de Discurso Pêcheutiana. A partir das análises realizadas nesse estudo, desvelamos como o discurso jurídico da reforma trabalhista legitimou e acelerou o processo de precarização das condições de trabalho e de sobrevivência dos trabalhadores, com a uberização.
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