Resumo Buscou-se conhecer a percepção da experiência do trabalho docente em cursos de saúde de uma universidade federal da região Norte do Brasil. Utilizando-se abordagem qualitativa, foram entrevistados seis docentes de cursos de saúde dessa universidade, cujos dados foram submetidos à análise de conteúdo. Predominaram mulheres na função docente, e a valorização dessa função como vínculo estável de trabalho, fonte de rendimentos e função social. No trabalho docente, a maioria se concentra no desenvolvimento de habilidades técnico-científicas dos alunos, expressando a necessidade da qualificação contínua e apoio institucional insuficiente. As relações pessoais desses docentes com alunos e outros professores e técnico-administrativos são reconhecidamente mediadoras da qualidade do processo de ensino-aprendizagem e trabalho. Quanto à saúde, a maior parte se sente vulnerável e desgastada, principalmente em aspectos psicoemocionais, o que influencia as suas relações sociais dentro e fora do ambiente de trabalho. Embora o exercício profissional tenha sido identificado como fonte de estabilidade, realização pessoal e financeira, destacam-se a precariedade e a sobrecarga de trabalho, que tendem a induzir sofrimento e adoecimento. Esta reflexão entre docentes, movimentos sindicais e instituições de ensino pode subsidiar ajustes institucionais, legais, curriculares e sociais para melhorar o processo de ensino-aprendizagem e a qualidade de vida dos docentes. Palavras-chave docente; saúde do trabalhador; recursos humanos em saúde.Abstract An attempt was made to get to know the views professors have on the experience of teaching in health courses at a federal university located in northern Brazil. Using a qualitative approach, six professors working at the university's health courses were interviewed, and their data were subjected to content analysis. Most professors were female, and the role was valued as it represents a stable employment status, a source of income, and a social function. In the teaching activity, most focus on developing the students' technical and scientific skills, expressing the need for ongoing training and insufficient institutional support. Personal relationships among these professors and students and with other professors and technical administrators are known to mediate the quality of the teaching/learning and work processes. Insofar as health is concerned, most feel vulnerable and worn, particularly in psycho-emotional aspects, a fact that influences their social relations within and outside of the workplace. Although the professional practice has been identified as a source of stability and of personal and financial realization, the precariousness and work overload stand out and tend to induce suffering and illness. This reflection among professors, labor union movements, and educational institutions may support institutional, legal, curriculum and social adjustments in order to improve the process of teaching and learning and the professors' quality of life.
BackgroundPeople seeking care for substance use (PSCSU) experience deep social and health inequities. Harm reduction can be a moral imperative to approach these persons. The purpose of this study was to explore relationships among users, health care providers, relatives, and society regarding harm reduction in mental health care, using a trust approach rooted in feminist ethics.MethodsA qualitative study was conducted in a mental health service for PSCSU, and included fifteen participants who were health care providers, users, and their relatives. Individual in-depth and group interviews, participant observation, and a review of patients’ records and service reports were conducted.ResultsThree nested levels of (dis)trust were identified: (dis)trust in the treatment, (dis)trust in the user, and self-(dis)trust of the user, revealing the interconnections among different layers of trust. (Dis)trust at each level can amplify or decrease the potential for a positive therapeutic response in users, their relatives’ support, and how professionals act and build innovations in care. Distrust was more abundant than trust in participants’ reports, revealing the fragility of trust and the focus on abstinence within this setting.ConclusionThe mismatch between wants and needs of users and the expectations and requirements of a society and mental health care system based on a logic of “fixing” has contributed to distrust and stigma. Therefore, we recommend policies that increase the investment in harm reduction education and practice that target service providers, PSCSU, and society to change the context of distrust identified.
A atenção primária à saúde (APS) constitui espaço privilegiado de atuação de políticas públicas de saúde e representa o nível de atenção preferencial para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) obterem o atendimento de suas necessidades. Diante da carência de melhor compreensão sobre este tema, buscou-se analisar a produção científica acerca da percepção dos usuários sobre suas necessidades no âmbito da APS no SUS, a partir da taxonomia de Matsumoto. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, na qual foram selecionados quatro artigos completos, disponíveis em língua portuguesa, como resultado da busca realizada nas bases de dados eletrônicas Lilacs e Medline, usando as palavras-chave “necessidades e demandas de serviços de saúde”, “necessidades” e “necessidades de saúde”, publicados entre 2009 e 2013. Os estudos analisados utilizam abordagem qualitativa (classificados com nível de evidência número 4), são de autoria de enfermeiros e apresentam o estado de São Paulo como local de pesquisa predominante. As categorias de necessidades de saúde expressas pelos usuários nos artigos contemplaram aquelas propostas por Matsumoto. Concluiu-se que os usuários da atenção primária do SUS compreendem suas necessidades no âmbito da APS e têm uma visão ampliada de que elas não estão atreladas apenas aos fatores biológicos, mas envolvem também a sua situação social, além do acesso que devem possuir a todos os serviços de saúde desde a porta de entrada. Palavras-chave: Atenção primária à saúde. Necessidades e demandas de serviços de saúde.Saúde Pública.
Esta pesquisa objetivou a compreensão da forma como a participação social se desenvolve no Conselho Municipal de Saúde, do município de Rio Branco/Acre-Brasil. Foi utilizada uma abordagem qualitativa e a metodologia de estudo de caso. A investigação foi realizada em etapas, sendo elas: acompanhamento das reuniões do referido órgão, com a utilização da técnica conhecida como observação sistemática; a segunda consistiu na análise documental das atas das reuniões e documentos gerenciais; e, realização de entrevistas com todos os conselheiros. Este conselho apresentou como entraves a sua efetivação e real democratização da gestão das políticas públicas de saúde, os seguintes obstáculos: relações assimétricas de poder; dificuldades de representação, principalmente no segmento dos usuários; falta de capacitação para o pleno exercício do mandato de conselheiro. Existe um potencial de compartilhamento de poder e responsabilidades, em espaços como estes, e os atores envolvidos devem ter o seu esforço de participar valorizado e incentivado, dando-lhes voz e escuta e tendo suas intervenções e, ou solicitações atendidas.
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