A persistência do quarto arco aórtico direito (PAAD) é a anomalia de anel vascular mais diagnosticada em cães filhotes correspondendo a 95% dos casos. É caracterizada pela persistência do anel vascular envolta do esôfago e/ou traqueia, ocasionando diferentes graus de compressão extraluminal e megaesôfago secundário. Devido à importância PAAD na clínica médica de pequenos animais, objetivou-se com esta revisão de literatura evidenciar os principais aspectos da etiologia, epidemiologia, fisiopatogenia, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e prognóstico de cães afetados. A PAAD comprime o lúmen esofágico ao nível da base do coração, promovendo distensão do esôfago cranial à estenose e lesão nervosa, resultando em diminuição da motilidade do órgão. O diagnóstico pode ser obtido com exame radiográfico simples e contrastado do esôfago, onde é visualizado dilatação esofágica cranial à compressão do arco aórtico, mas o exame de escolha é a tomografia computadorizada. A PAAD pode estar associada a outras anomalias vasculares, o que requer um diagnóstico mais preciso para o planejamento cirúrgico. A cirurgia é o tratamento de escolha e deve ser realizado o mais precoce possível a fim de se evitar a perda de motilidade esofágica. Em alguns pacientes pode-se fazer o tratamento sintomático até que o procedimento cirúrgico seja realizado.
As infecções do sítio cirúrgico (ISC) ainda estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade de pacientes no pós-operatório. Devido à importância da infecção do sítio cirúrgico em pequenos animais, objetivou-se com esta revisão de literatura evidenciar os aspectos gerais e fatores associados a ISC, além dos microrganismos envolvidos e sua resistência aos antimicrobianos. A ISC muitas vezes pode estar associada ao tipo de procedimento cirúrgico, por isto é importante a classificação e cuidados para cada tipo de cirurgia (limpa, potencialmente contaminada e contaminada) que será realizada. Os fatores intrínsecos e extrínsecos também devem ser avaliados, uma vez que cirurgias contaminadas e longas em animais imunodeficientes ou que não receberam antibioticoprofilaxia, podem se tornar mais susceptíveis aos processos de ISC. Diversos microrganismos podem causar ISC, entretanto, os gêneros bacterianos mais frequentes são: Staphylococcus, Escherichia, Enterococcus, Bacillus, Shigella, Citrobacter, Proteus, Morganella, Serratia, Enterobacter, Pseudomonas e Klebsiella. Destes gêneros, Staphylococcus se destaca, principalmente as espécies Staphylococcus aureus e S. pseudintermedius resistentes à meticilina, que são consideradas mundialmente espécies de grande risco a saúde humana e animal. Portanto, é de extrema importância estabelecer o conhecimento epidemiológico dos microrganismos envolvidos em casos de ISC, bem como, realizar o seu monitoramento em relação a sua frequência e resistência antimicrobiana, garantindo a promoção da saúde para os animais submetidos a procedimentos cirúrgicos.
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