Este artigo resulta de uma pesquisa de mestrado e visa apresentar um recorte de dados que demonstra as construções de realidade de adolescentes em medida socioeducativa de internação, em relação à escolarização, abandono escolar e às aulas de língua materna. O estudo foi realizado com base em uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico e exploratória, no campo da Linguística Aplicada, com cinco turmas dos anos finais do ensino fundamental, em uma escola inserida em uma unidade de atendimento socioeducativo. A base teórica fundamenta-se na Teoria das Representações Sociais, Identidade, Diferença e estudos sobre a educação de adolescentes em conflito com a lei. Os resultados demonstram que os jovens constroem dialogicamente mundos de vida de exclusão e, como conclusão, observamos que o espaço de escolarização em contexto socioeducativo é um espaço importante, que tem potencial para (re)significar as perspectivas de vida desses jovens.
Os atos infracionais cometidos por adolescentes no Brasil podem ser indicadores de um acesso restrito a direitos fundamentais, à cidadania e à justiça social. A escolarização de adolescentes em medida socioeducativa de internação integra o complexo panorama de adolescentes nos anos finais do ensino fundamental. Face a essa realidade, o objetivo deste artigo é analisar duas representações verbo-visuais sobre a escola ideal, produzidas por adolescentes de uma escola inserida em uma grande unidade de internação socioeducativa do sul do país. Os registros em análise apontam para problemas relativos à escola, juventudes e violência. Destaca-se, assim, a importância de a prática docente dialogar com a historicidade expressa na/pela linguagem dos jovens, especialmente no espaço socioeducativo, para que boas oportunidades de ensino e de aprendizagem se constituam como práticas concretas e efetivas.
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