The structural framework and tectonic evolution of the sedimentary basins along the eastern margin of the South American continent are closely associated with the tectonic framework and crustal heterogeneities inherited from the Precambrian basement. However, the role of NW-SE and NNW-SSE structures observed at the outcropping basement in Southeastern Brazil and its impact over the development of those basins have not been closely investigated. In the continental region adjacent to the Campos Basin, we described a geological feature with NNW-SSE orientation, named in this paper as the Alegre Fracture Zone (AFZ), which is observed in the onshore basement and can be projected to the offshore basin. The main goal of this work was to study this structural lineament and its influence on the tectonic evolution of the central portion of the Campos Basin and adjacent mainland. The onshore area was investigated through remote sensing data joint with field observations, and the offshore area was studied through the interpretation of 2-D seismic data calibrated by geophysical well logs. We concluded that the AFZ occurs in both onshore and offshore as a brittle deformation zone formed by multiple sets of fractures that originated in the Cambrian and were reactivated mainly as normal faults during the rift phase and in the Cenozoic. In the Campos Basin, the AFZ delimitates the western side of the Corvina-Parati Low, composing a complex fault system with the NE-SW faults and the NW-SE transfer faults.
O objetivo deste trabalho foi analisar a compartimentação morfoestrutural da Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim, localizada no sul do estado do Espírito Santo, região Sudeste do Brasil. O arranjo da rede de drenagem e a compartimentação do relevo na região são controlados por estruturas geológicas, de forma similar ao que é descrito ao longo do Sistema de Riftes Cenozoicos do Sudeste do Brasil. O arcabouço geológico da Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim pertence à Província Mantiqueira e, em termos geomorfológicos, à porção Norte da Serra da Mantiqueira. Rochas pré-cambrianas do embasamento cristalino compõem a maior parte do substrato geológico da região, enquanto depósitos sedimentares cenozoicos ocorrem subordinadamente. As ferramentas de trabalho envolveram análise da rede de drenagem, de lineamentos, hipsometria e estudo da distribuição das coberturas sedimentares, utilizando técnicas de sensoriamento remoto e descrições de campo. Foram identificados três compartimentos morfoestruturais na Bacia do Rio Itapemirim, denominados aqui de compartimentos Litorâneo, Cachoeiro e Mantiqueira. Cada compartimento reflete diferentes características do terreno, predominando tanto feições erosivas quanto de agradação, em diferentes patamares topográficos delimitados por lineamentos estruturais. A complexidade dos padrões topográficos e da rede de drenagem da área é resultante de regiões com predomínio de processos erosivos ou deposicionais controlados por processos tectônicos atuantes ao longo do Cenozoico.
A demanda por água subterrânea no estado do Espírito Santo vem crescendo consideravelmente frente aos eventos de escassez que marcaram os últimos anos. No entanto, a carência de conhecimentos hidrogeológicos compromete a locação de poços e a previsão da qualidade das águas, especialmente nos terrenos de rochas cristalinas. Este trabalho teve como objetivo uma avaliação hidrogeoquímica e da qualidade da água subterrânea do Sistema Aquífero Cristalino na Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim (BHRI), situada no sul do estado do Espírito Santo, descrevendo as variações composicionais e os condicionantes que influenciam a qualidade da água subterrânea. A compartimentação litológica e geomorfológica da bacia e as condições climáticas são os fatores que influenciam na hidrogeoquímica em escala regional, enquanto o uso e a ocupação do solo exercem influência pontual. Na porção da Alta BHRI, com relevo acidentado e predomínio de atividades agropecuárias, ocorrem principalmente águas bicarbonatadas cálcicas e bicarbonatadas cálcicas-magnesianas, pouco mineralizadas comparativamente à porção central da bacia, com composição química governada essencialmente pelo intemperismo das rochas silicáticas. Embora sejam águas de boa qualidade, alterações locais podem ocorrer em razão do nitrato proveniente de atividades antrópicas. Na porção da Média BHRI, com menores altitudes e relevo mais suave, as águas são predominantemente bicarbonatadas sódicas e cloretadas sódicas, com maior mineralização em relação à porção alta da bacia em razão da contribuição de rochas silicáticas em associação com litotipos carbonáticos, como mármores e calciossilicáticas. Nessa porção da bacia, as condições climáticas, com temperaturas mais altas e menor umidade do ar na área central da bacia, topograficamente mais rebaixada, também podem contribuir com o enriquecimento mineral em decorrência da evaporação da água que infiltra
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