RESUMO -O Rio Guandu é a principal fonte de abastecimento de água da região metropolitana do Rio de Janeiro, atendendo a, aproximadamente, nove milhões de pessoas. Este trabalho estratificou e caracterizou ambientalmente a Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Guandu (faixa marginal de 100m), através da análise de aerofotos digitais não convencionais, obtidas a partir de uma câmera digital de pequeno formato, adaptada a um helicóptero (as aerofotos foram agrupadas em mosaicos para facilitar as etapas do geoprocessamento). A região correspondente a APP foi estratificada em quatro ambientes com características ecológicas distintas: Ambiente 1 (leito encaixado), Ambiente 2 (várzea fluvial), Ambiente 3 (planície aluvionar) e Ambiente 4 (fluviomarinho). A partir da sobreposição dos mapas de uso da terra, da proximidade da área urbano-industrial e da vegetação nativa, foi gerado um mapa do grau de degradação dos ambientes. Os usos predominantes foram pastagem (38%) e agricultura (18%). Os fragmentos florestais totalizaram apenas 11,6% da APP. Segundo a metodologia utilizada, o Ambiente 4 apresentou 51% de sua área, com um grau alto a muito alto de degradação, e o Ambiente 3 apresentou melhor estado de conservação em comparação aos demais. Os resultados sugeriram que a predominância das atividades agropecuárias, a proximidade de grandes centros urbanos e a área muito reduzida dos fragmentos florestais na APP do Rio Guandu podem comprometer a qualidade desse manancial. ENVIRONMENTAL STRATIFICATION AND CHARACTERIZATION OF PERMANENT PRESERVATION AREA IN GUANDU RIVER, RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL ABSTRACT -The Guandu River is the main water provision source in Rio de
RESUMO:Este estudo fundamentou-se em levantamento e cadastro preliminar dos refl orestamentos existentes no Estado do Rio de Janeiro, por meio de técnicas de geoprocessamento e coleta de informações no campo. A área refl orestada encontrada foi de 18.426,96 ha, que corresponde a 0,42% do território do Estado. Grande parte dos refl orestamentos consiste em plantios de eucalipto (98%), seguido de pinus (0,8%), e o restante encontra-se distribuído em outras 10 espécies. A Região do Médio Paraíba foi a que mais contribuiu para área refl orestada no Estado (46,6%). O volume de madeira estimado para o eucalipto foi de quase dois milhões de metros cúbicos. Este estudo serviu para cristalizar a percepção corrente entre todos aqueles que militam no setor fl orestal fl uminense, de que é incipiente a área plantada e o estoque de madeira oriunda de refl orestamentos existentes no Estado do Rio de Janeiro. INTRODUÇÃOO setor florestal brasileiro apresenta números que fazem com que o país se destaque no cenário internacional, ocupando atualmente a sexta posição no ranking de produtores mundiais, com cerca de 5,5 milhões de hectares (0,6% do território nacional) ocupados com fl orestas plantadas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE FLORESTAS PLANTADAS -ABRAF, 2006). A representatividade econômica do setor fl orestal brasileiro é destacada pela contribuição anual em torno de R$ 26 bilhões (5% do PIB nacional), mais de US$ 4,1 bilhões (17% das exportações do agronegócio e 8% do total das exportações) e arrecadação anual de R$ 3 bilhões em impostos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA -SBS, 2005). Ressalta-se que, em comparação com outras modalidades de uso da terra, o reflorestamento ou plantio comercial de espécies arbóreas é a atividade agrícola que mais se recomenda para a conservação do solo, proteção dos mananciais e a recuperação de áreas degradadas (OLIVEIRA, 1997).No que diz respeito aos aspectos sociais, o setor fl orestal é capaz de absorver mão de obra numerosa, colaborando, assim, para a melhor distribuição de renda para a população (CARVALHO et al., 2005). Porém, apesar de todo avanço desse setor, a produção de fl orestas
Vieira dos Santos (6) RESUMOEm Roraima, a distribuição espacial das populações indígenas identifica um cenário de busca constante de solos capazes de sustentar uma agricultura itinerante. Este trabalho teve como objetivo estabelecer relação entre a compreensão dos solos por parte dos Yanomami da região do médio Catrimani e o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, bem como avaliar o seu tipo de uso em função de análises químicas para diagnóstico da fertilidade do solo. O trabalho foi executado em duas etapas. A primeira consistiu em visitas a oito malocas para estudar os solos. Foram coletadas amostras em trincheiras até 1,50 m de profundidade para análise e classificação dos solos e (em prospecções com o trado) nas profundidades de 0-10 a 10-30 cm, em 21 tipos de uso agrícola, e da área de floresta para análises químicas de fertilidade. A segunda fase foi uma oficina, abordando os sistemas de exploração agrícola, com duração de 20 h. Focalizou-se a discussão sobre a compreensão do meio ambiente (Urihi) ( 7) e sistemas de produção agrícolas e sobre a importância do uso correto do conhecimento dos solos. Os solos são denominados pelos Yanomami em função das características morfológicas, pelos teores de matéria orgânica e pela presença de minhocas, e da posição na paisagem -a escolha para agricultura é fundamentada nessas características. As práticas agrícolas consistem da derrubada da mata nativa, queima e plantio das culturas em separado. Os solos descritos na área foram: Argissolo Vermelho-Amarelo (Maxita a uuxi wakë axi), Argissolo Amarelo (Maxita a axi), Latossolo Amarelo (Maxita a axi) e Plintossolo (Maxita a axi a maamaxipë).(1) Recebido para publicação em julho de 2009 e aprovado em fevereiro de 2010.(2) Professor Adjunto, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Programa de Pós-Graduação em Agronomia (POSAGRO), Universidade Federal de Roraima -UFRR. CEP 60310-250 Boa Vista (RR). E-mail: valdinar@yahoo.com.br (3) Professor Adjunto, Departamento de Silvicultura, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -UFRRJ. BR 465, Km 7, CEP 23890-000 Seropédica (RJ). E-mail: marciorocha@ufrrj.br (4) Professora Associada, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, POSAGRO-UFRR. E-mail: scpuchoa@click21.com.br (5) Doutoranda em Ciências Ambientais, Instituto de Floresta, UFRRJ. E-mail: salamene@yahoo.com.br (6) Professora Associada, Departamento de Fitotecnia, UFRR. E-mail: celidasocorro@uol.com.br (7) Os termos em itálico são escritos na linguagem yanomami.
A espécie Canavalia rosea (Sw.) DC., leguminosa pertencente à família Fabaceae, também conhecida como feijão-de-praia, compõe um ecossistema denominado jundu, que consiste numa vegetação de restinga composta por diferentes espécies. Esse trabalho teve como objetivo analisar a germinação de sementes de C. rosea sob diferentes tratamentos, cujas mudas são comumente utilizadas na recomposição do jundu na Praia do Massaguaçu, município de Caraguatatuba, SP. As sementes foram submetidas a oito tratamentos distintos, com proporções diferentes de areia da praia e terra vegetal, combinadas ou não com fertilizante (NPK 10-10-10). Também foi verificada se há influência do capim exótico presente na praia na germinação das sementes. Concluiu-se que o extrato do capim não interferiu na germinação das sementes. Os substratos com maior proporção de areia em relação à terra vegetal, e que não continham fertilizante, foram mais adequados para a germinação das sementes e desenvolvimento da C. rosea. Esses resultados poderão contribuir para reduzir o custo da recomposição do jundu na Praia do Massaguaçu, pois constatou-se que a terra vegetal e o fertilizante são dispensáveis para a produção de mudas de C. rosea.
This study aimed to evaluate the land use in APP of Paraíba do Sul River, the stretch of 13 km between Pinheiral and Barra do Piraí municipalities, RJ, comparing the current occupation of this area with current legislation. For land use mapping satellite images provided by Google Earth 5.0 were used. The images were grouped in mosaic and georeferenced. The river was traced in shapefile format, and its APP generated through a buffer in ArcGIS 9.2. According to brazilian Forest Code, river APP's with the dimensions of the Paraiba do Sul must have a width of 100 m. However, it was found in study area only 40% of forest, and most of the APP covered by pasture (54%). The presence of vegetation in APP is very important for the sustainability of water courses. Despite the Paraíba do Sul had not provided the forest cover across the APP, the values were higher when compared to similar studies in other areas. Palavras-chave: remote sensing, image processing, riparian forest, sensoriamento remoto, processamento de imagens, matas ciliares.
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