Classicamente, observações do nível do mar são realizadas por estações maregráficas instaladas, principalmente em regiões portuárias. No entanto, os dados maregráficos podem estar contaminados por movimentos verticais da crosta. A instalação de uma estação de monitoramento contínuo Global Navigation Satellite System (GNSS) nas proximidades das estações maregráficas permite quantificar esses movimentos. A partir da segunda metade da década de 1980, iniciou-se o lançamento de satélites exclusivamente para o monitoramento do nível do mar, os satélites altimétricos. Estes permitem a obtenção de observações em cobertura global e num sistema de referência geocêntrico, porém, apresentam problemas em regiões costeiras em função da interferência do terreno no sinal de retorno e da rugosidade da superfície do mar. Novas gerações de satélites baseadas na tecnologia de radar de abertura sintética permitem melhoria na qualidade das observações nestas regiões. A mais recente técnica utilizada para este tipo de monitoramento é conhecida como refletometria oceânica e seu princípio de funcionamento considera que os atrasos de tempo entre os sinais GNSS diretos e refletidos estão diretamente correlacionados com a diferença de altura entre o receptor e a superfície refletora. Embora estas técnicas observem o mesmo sinal oceânico, cada uma apresenta singularidades relativas ao sistema de referência, resolução temporal e espacial, entre outros. Deste modo, o presente trabalho visa apresentar as principais técnicas para monitoramento do nível do mar. Além disso, serão apresentados a duração das séries temporais e os principais bancos de dados referentes às observações maregráficas na costa brasileira e aos dados das diferentes missões altimétricas.
As regiões costeiras são de grande interesse para estudos geodésicos e geofísicos, uma vez que nelas reside uma parcela significativa da população. O aperfeiçoamento da altimetria por satélite ao longo dos anos tem possibilitado melhores observações nestas regiões, principalmente, a partir da tecnologia de Radar de Abertura Sintética (SAR). O presente estudo visa analisar, absolutamente, os dados maregráficos (SSHTG) da RMPG em Imbituba-SC, Arraial do Cabo-RJ, Salvador-BA, Fortaleza-CE e Santana-AP e de observações altimétricas (SSHSA) provenientes do satélite Sentinel-3A dispostas em células num raio de até 100 km sobre o oceano a partir da localização das estações maregráficas, para o período entre novembro de 2017 e abril de 2020. Em cada estação maregráfica foi escolhida a célula altimétrica mais próxima e que obteve a melhor correlação com os dados maregráficos, e na sequência está célula foi extrapolada até costa (SSHSA−TG) com o uso de um Modelo Global do Geopotencial (MGG) e de um Mean Dynamic Topography (MDT). Os resultados indicaram correlações iguais e acima de 0,90 em todos os marégrafos e destaca-se as pequenas distâncias entre as células de altimetria escolhidas e os marégrafos em Arraial do Cabo, Salvador e Fortaleza, apresentando os valores de 5,37 km, 4,51 km e 4,62 km, respectivamente. As médias de SSHTG e SSHSA−TG não apresentaram diferenças significativas em todos os marégrafos analisados, pois se encontraram dentro do intervalo do desvio-padrão. A principal contribuição deste trabalho foi verificar a qualidade da altimetria SAR na costa brasileira.
This paper presents the development of a QGIS plugin to support evaluating the planimetric positional quality for point and linear features based on the metrics established by Brazilian legislation. For this purpose, we used the QGIS environment Graphical Modeler, which consists of an interface to concatenate a series of processes into a single algorithm. The set of tools, called QPEC, allows for performing the statistical tests from the automatic identification of the sample size and discrepancies. In order to demonstrate the implemented functionalities, a case study was carried out. In this illustrative example, the vector files from the Cartographic and Cadastral System of the Municipality of Salvador - BA (SICAD) were the reference data, and their homologous OpenStreetMap (OSM) features were the analysed database. The results obtained are presented in the attributes table. In addition, the spatial distribution of the discrepancies is visualised through the visual variable colour value in a quartile classification. The creation of this toolset corroborates the feasibility of developing more visual, automated and complete interfaces to support users of geospatial data in analysing the quality of the information available, especially when it involves free applications with open-source code.
Satellite altimetry missions and tide gauges allow the monitoring of sea level variations over time. While tide gauges monitor sea level relative to a local reference, satellite altimetry missions do so in relation to the Earth's geocenter. From the comparison between time series generated by these two methods, we observed differences that may be related to possible vertical land movement (VLM). Our objective in this study is to determine the linear trends of VLMs from the difference between the sea level trend found by the satellite altimetry missions TOPEX/Poseidon, JASON 1, 2 and 3 ( SA v ) and the sea level trend found by the tide gauge of Imbituba in Santa Catarina (SC), Brazil ( TG v ). For this, we demarcated cells along the satellite tracks at a radius of up to 500 km over the ocean from the location of the tide gauge station. The mean values for SA v (1992( ) and TG v (2002( -2015 were 2.5 mm/a ±1.2 mm/a and 5.4 mm/a ±1.9 mm/a, while the mean values for SA v (2007)(2008)(2009)(2010)(2011)(2012)(2013)(2014)(2015) and TG v (2007)(2008)(2009)(2010)(2011)(2012)(2013)(2014)(2015) were 7.1 mm/a ±4.6 mm/a and 13.0 mm/a ±4.2 mm/a, respectively. The comparison of VLM obtained between the combination of SA v and TG v and GNSS showed results with better consistency over longer time series.
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