As avaliações quantitativas da densidade populacional na comunidade microbiana nos solos são importantes para estabelecer relações ecológicas que ocorrem no solo e identificar fatores que exercem influência no equilíbrio microbiológico. Objetivou-se quantificar os microrganismos do solo com potencial de uso agrícola presente em diferentes manejos de uso do solo. O experimento foi conduzido no Instituto Federal de Ciências e Tecnologia de Roraima - Campus Novo Paraíso, no município de Caracaraí, Roraima. O experimento foi realizado em três áreas, solo em sistemas de cultivo consorciados, área com gliricídia, laranja e banana, área com laranja e essência florestal e mata. Em cada área foi coletado amostras de solo nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm. A microbiota ativa do solo foi avaliada pela técnica de plaqueamento em superfície. A quantificação foi obtida por unidades formadoras de colônias por grama de solo (UFC g solo-1). As placas foram incubadas em estufa de crescimento a 28 ºC por 48 e 96 horas, após esse período foi realizada a contagens das unidades formadoras de colônias. A quantificação dos organismos amonificadores, celulolíticos e actinobactérias foi obtido pela suspensão do solo, utilizando meios de cultura específicos para cada organismo. Os resultados demostram que o solo com o consórcio gliricídia, laranja e banana apresenta uma maior população de microrganismos (total, celulolíticos, amonificadores e actinobactérias), mostrando ser uma alternativa para sistemas de consórcios com culturas agrícolas, proporcionando uma maior biodiversidade de microrganismos no solo, além de ajudar no fornecimento de nitrogênio para as espécies.

O sul do estado de Roraima é uma região onde há predominância de pequenos agricultores, em sua maioria descapitalizados. A utilização de compostos orgânicos é uma alternativa para reduzir custos através da ciclagem de nutrientes. O uso dos resíduos orgânicos disponíveis na região, principalmente a serragem das serrarias, pode ser uma alternativa para produção de compostos. Diante disto, objetivou-se produzir compostos orgânicos utilizando serragem (SE) e esterco de ovino (EO) em diferentes proporções avaliando a produção da cultura da abóbora quando fertilizada com os compostos em um solo arenoso. O trabalho foi desenvolvido em duas etapas: sendo a primeira a produção dos compostos orgânicos e a segunda a avaliação da produção da cultura da abóbora. Foram produzidos dois compostos com diferentes proporções de SE e EO. Para avaliação da produção da cultura da abóbora, utilizaram-se os seguintes tratamentos: 1. cultivo sem adubação (testemunha); 2. composto 1 (C1) (50%SE + 50%EO); 3. composto 2 (C2) (75%SE + 25%EO); 4. EO; 5. biofertilizante (Bio) e 6. adubação mineral (NPK). observou-se que o C1 iniciou e finalizou com menor relação C/N do que o C2. A temperatura (ºC), umidade e pH se diferenciam pouco entre os compostos. Em relação à produtividade da cultura da abóbora, os tratamentos EO, C1 e C2 foram os que mais produziram, no entanto, C1 e C2 não se diferenciaram da adubação mineral. Concluiu-se, portanto, que os compostos orgânicos podem ser utilizados em substituição ao fertilizante mineral.

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As atividades microbianas no solo são importantes indicadores de alterações causadas por práticas agrícolas, sendo responsáveis por transformações físicas, químicas e biológicas nos resíduos orgânicos, que emplicam na fertilidade do solo. Objetivou-se avaliar a atividade microbiana presente no solo em sistema de manejo consorciado com leguminosa, fruteíras e essencia florestal em comparação a uma área de mata nativa. O trabalho foi desenvolvido no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Roraima - Campus Novo Paraíso, em três áreas, sistema de cultivo consorciado gliricídia + frutíferas (laranja e banana), sem gliricídia (laranja e essenciais florestais) e mata nativa. As amostras de solo foi coletado com profundidade de 0 cm - 10 cm e 10 cm-20 cm, colocadas em caixa térmica e mantidas a 4 ºC. Foi realizado análises do Carbono da Biomassa Microbiana do solo (BMS- C), Nitrogênio da biomassa Microbiana do solo (N-mic)  e da população de microrganismos (total, celulíticos, amonificadores e actinobactérias). A área do consórcio de gliricídia + fruteiras (laranja e banana) apresentou maior população de microrganismos e um incremento de 356% no carbono da biomassa microbiana, mostrando ser um sistema alternativo para o consorcio de espécies vegetais, favorecendo o fornecimento de nutrientes para as plantas.

Os diferentes sistemas de manejo do solo, como o plantio direto e o plantio convencional, assim como a rotação e sucessão de cultura, promovem alterações no solo, alterando fatores como a disponibilidade de água, oxigênio e substrato, afetando diretamente a microbiota do solo. Objetivou-se avaliar os efeitos da forma de manejo dos sistemas de consórcio com presença da leguminosa gliricídia, sem gliricídia e vegetação nativa sobre atributos microbiológicos do solo. Foi conduzido um experimento em condição de campo, em área de manejo orgânico de uso do solo, cultivada com leguminosa gliricídia, fruteiras e essência florestal. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, no qual foram coletadas dez amostras de solo em triplicadas em duas profundidades (0-10 e 10-20 cm). As amostras foram homogeneizadas e peneiradas em peneiras, acondicionadas em sacos plásticos devidamente identificados e   posterior análises dos atributos microbianos (carbono da biomassa microbiana- Cmic, nitrogênio da biomassa microbiana-Nmic, quociente metabólico- qCO2 e respiração basal (RBS).  Observou-se que os sistemas de cultivo provocaram alterações significativas nos atributos microbiológicos do solo quando comparados com a vegetação nativa. Ocorreu diferença significativa nas variáveis analisadas, sendo que o sistema com a presença de gliricídia, os valores de nitrogênio da biomassa microbiana (Nmic) foram superiores aos da vegetação nativa, enquanto os valores de Cmic, RBS e qCO2 não diferenciaram. Esses resultados confirmam, que os sistemas de consorcio com presença de gliricídia foi igual a floresta nativa, em prover as condições favoráveis a mineralização da matéria orgânica pela microbiota do solo.