O treinamento esportivo provoca adaptações neuromusculares e alterações metabólicas visando a performance durante a competição. Nas competições de judô, o número de lutas a que os atletas são submetidos e suas respectivas durações e intervalos são aleatórios, fatores que podem influenciar a performance objetivada no treinamento. O presente estudo investigou a hipótese de que diferentes durações de lutas, 90s, 180s e 300s, poderiam influenciar a atividade enzimática, elétrica muscular e a produção do pico de torque. Antes e após cada luta, foram coletadas amostras sanguíneas dos atletas; em seguida, os mesmos realizaram cinco contrações dinâmicas (90º/s) com a utilização de um dinamômetro isocinético (Biodex System 3). Simultaneamente registrou-se o sinal eletromiográfico dos músculos agonista, antagonista e sinergista do movimento avaliado. Não se verificou alteração no torque. As enzimas AST e ALT apresentaram aumento na atividade, nas lutas de 90s (p = 0,0033/p = 0,00059), 180s (p = 0,0044/p = 0,0033) e 300s (p = 0,0044/p = 0,0033). Aumento (p = 0,0180) da atividade da CK após a luta de 300s foi verificado. A LDH diminuiu após a luta de 90s (p = 0,0392). Na análise intermuscular observou-se após a luta de 90s aumento do sinal eletromiográfico do agonista (p = 0,005); na luta de 180s, aumento do antagonista (p = 0,0129) e na luta de 300s, diminuição (p = 0,0137) da atividade do músculo agonista. Observou-se que os esforços da luta de 300s podem ter induzido lesões no tecido muscular caracterizadas pela elevação da CK plasmática, embora a lesão não tenha sido suficiente para detectar fadiga através da dinamometria isocinética. Conclui-se que o protocolo proposto foi suficiente para alteração enzimática e eletromiográfica, sugerindo adaptações metabólicas e neurais a partir do estresse das lutas de judô.
O presente artigo tem como objetivo fundamental a discussão sobre a aplicação de características geomorfológicas e pedológicas de solos do Estado do Rio Grande do Norte relacionadas com comportamentos geotécnicos de interesse particular ao setor da Construção Civil. A metodologia empregada se baseia nos estudos de fatores pedológicos condicionantes de propriedades dos solos importantes para o projeto e construção de obras de engenharia civil, sendo realizada a análise dos distintos tipos pedológicos de solos e de mapas da geomorfologia e pedologia do Estado. Conclue-se que as informações baseadas nos estudos de características pedológicas dos solos podem ser úteis para a análise de macro-zonas com riscos potenciais de erosão, permeabilidade, colapsividade e expansividade de solos. Com o estudo feito, foram elaborados alguns mapas que podem ajudar no planejamento adequado do uso dos solos a fim de se evitar eventuais problemas geotécnicos. Palavras-chave: Construção Civil, Solos, Geomorfologia e Pedologia.
RESUMO -Os autores da pesquisa baseados em informaçõesde enfermeiros recém graduados e dados da literatura, propõem uma sistemática de treinamento para o recém-formado em seu primeiro emprego, que pode ser utilizada pela instituição empregadora, com a finalidade de diminuir as ansiedades dos profissionais de enfer magem no início de suas carreiras.ABSTRACT -The authors of the search set in informations of recently graduates nurses and literature bases, propose a training systematics to the recently graduate on his first employment that can be used for the employer institutions, with the intention of decreasing the nursing professionals worries on the start of their profession.
O CDE no ensino de BIM O Ambiente Comum de Dados ou Common Data Environment (CDE) é um conceito cada vez mais citado nos processos de trabalho em BIM e isto ocorre por diferentes fatores. Entre eles, o lançamento das duas primeiras partes da NBR ISO 19650 (2022), a qual recomenda expressamente que toda gestão da informação se dê no CDE, além da recente difusão de algumas plataformas digitais sob este título, por exemplo, Autodesk Docs, BIMSync, Project Wise, Dalux BOX, AutoDoc, Alto Qi Cloud e Construmanger. Mas o que significa este termo? Com base na literatura mais recente, o CDE pode ser entendido como um meio para efetuar a integração dos projetos, a colaboração e a comunicação entre os principais membros da equipe e como o espaço virtual para armazenar, partilhar e sincronizar os dados de um determinado empreendimento durante o seu ciclo de vida (pré-obra, obra e pós-obra). Assim, o seu uso pode proporcionar um fluxo de informação gerenciável e sobretudo eficiente. Diante do panorama exposto, a Quatre Ensino Especializado, que é um ATC Autodesk (Authorized Training Center), vem introduzindo em sua formação de BIM (Especialista BIM) o conceito do CDE, com uma abordagem teórica e prática através do uso contínuo da plataforma Autodesk Docs e da adoção das diretrizes e conceitos indicados pelo Guia PMBOK. Em síntese, essa formação tem por objetivo capacitar profissionais e futuros profissionais da Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação para estabelecer conexões entre processos e ferramentas BIM e compreender os fundamentos do gerenciamento de projeto. Nesse sentido os alunos são estimulados a realizarem diversas ações. Entre elas: a elaboração do Plano de Execução BIM; o entendimento de normativas, a modelagem de um edifício comercial, desde a Arquitetura, passando pela Estrutura e Instalações; a extração dos quantitativos e a precificação de alguns itens; a elaboração do planejamento; a simulação do canteiro de obra e da realidade virtual; a compatibilização e coordenação deste projeto; além de análises como análises estruturais. A formação é composta por 10 aulas on-line ao vivo com 2 horas de duração cada, que ocorrem a cada 15 dias. Nesses momentos são apresentados conteúdos teóricos, algumas atividades práticas e orientações para o desenvolvimento do projeto piloto. No primeiro encontro, é estabelecido o cronograma de entregas semanais em que cada discente é conduzido a gerenciar em seu quadro, na ferramenta Trello, a sua lista de atividades e acompanhar o seu avanço. Além dos encontros, os alunos tem acesso a 18 módulos gravados e dedicados ao estudo das ferramentas usadas durante a capacitação (Revit, Navisworks, Robot, Docs, OrçaFacio, Seobra, BIMCollab entre outros) e tem a oportunidade, em toda semana, de participar da assessoria com os professores. O treinamento em questão tem duração aproximada de 5 meses com mais um mês para entrega da atividade final, que consiste em um portfólio, no qual, são apresentados os trabalhos desenvolvidos na formação e externo a formação. Ao final de 6 meses e mediante entrega das atividades, os alunos recebem o certificado oficial Autodesk de Especialista BIM. Ressalta-se que o programa Especialista BIM da Quatre está na sua oitava turma e teve sua primeira classe em março de 2021, todavia desde de 2010 essa instituição realiza capacitações em BIM. No decorrer do curso, a equipe pedagógica utiliza o Docs na prática para compartilhar com os alunos modelos e componentes BIM, documentos, manuais de boas práticas entre outros dados relevantes. Por essa plataforma, os alunos acessam os materiais mencionados e realizam as entregas das suas atividades, modelo de informações sejam eles gráficos ou não. No geral, os discentes e docentes usam o CDE como meio para trocar informações e comunicações e sobretudo como um canal de ensino e aprendizagem. É importante mencionar que até a presente data, nem todo material didático é disponibilizado diretamente no CDE, pois há também o uso de ferramentas externas como o canal de videoaulas, na qual são disponibilizadas as gravações das aulas, orientações e arquivos de apoio. Mas diante as vantagens percebidas no Docs, pretende-se, para próximas turmas, aumentar a distribuição dos materiais didáticos dentro desta plataforma, considerando suas limitações e ampliar o uso de alguns recursos que ainda não foram explorados deste CDE. Destaca-se algumas práticas que auxiliaram no entendimento teórico e na compreensão do fluxo de trabalho dentro de um ambiente comum de dados, tais quais: a convenção de nomenclatura, a adoção de metadados, a visualização on-line dos modelos BIM, a utilização de markups, o registro de issues, os fluxos de revisão, o controle de permissões, a geração de relatórios e dashboards, a sincronização e integração entre o CDE e as ferramentas (Autodesk Revit e Navisworks), entre outras feitos que simulam uma prática profissional. Sabe-se que as tecnologias abordadas estão sendo constantemente desenvolvidas e isto implica em maior atenção e esforços permanentes, pós e durante a capacitação, bem como exige a revisão contínua do material didático e da metodologia aplicada. Todavia, reconhece-se que cada vez mais a interface dos aplicativos utilizados se torna mais amigável e os processos passam a ser visto de modo mais estruturado e sistematizado, tanto pelos professores como pelos os alunos. Por fim, o aprendiz passou a ter ciência das novas responsabilidades que o processo em BIM requer, ao mesmo tempo passou a compreender também os ganhos e riscos desse novo fluxo de trabalho. A teoria alinhada com a prática e a simulação profissional facilitaram o entendimento do CDE e desmitificaram o seu uso. Acredita-se que em razão da incorporação deste, as seguintes competências estão sendo desenvolvidas: Organizational Management, Risk Management, Quality Management, Funcitional Basics, Facilitation, Project Management, General IT, Software Systems, Hardware and Equipment, Document Management, Standartization And Templates, System and Process Testing e Data and Network Support.
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