Objetivo: avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 durante o isolamento mais rígido (lockdown) nos hábitos alimentares, no estilo de vida e na higiene bucal de crianças atendidas na clínica de Odontopediatria do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Ceará. Métodos: foi realizado um estudo observacional transversal, em que foram entrevistados 50 pais e/ou responsáveis legais de crianças de 3-9 anos de idade. O questionário aplicado, composto por 47 questões, incluiu a versão traduzida em português do Brasil do Índice de Qualidade da Dieta Mediterrânea em Crianças e Adolescentes (KIDMED). Os dados foram tabulados no Microsoft Excel® e exportados para o software SPSS versão 20.0. Após categorização, as análises foram realizadas, utilizando os testes de Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher (p<0,05) e expressos em forma de frequência absoluta e percentual. Resultados: durante o lockdown, as crianças apresentaram altas porcentagens para consumo de açúcares fermentados (37; 74,0%), sedentarismo (36; 72,0%) e cuidados adequados com a higiene oral, incluindo uso de dentifrício fluoretado (49; 98,9%) e escovação noturna (41; 82,0%). Ademais, observou-se manutenção/aumento da variação do número de refeições estatisticamente significativo para as crianças que aumentaram a ingestão de alimentos açucarados (p=0,003) e tornaram-se sedentárias (p=0,022). Conclusões: apesar da dieta mais açucarada durante o lockdown, sugere-se um controle do risco de cárie, visto que a maioria das crianças manteve bons hábitos de higiene oral. Entretanto, tais hábitos alimentares aliados ao sedentarismo expõem o indivíduo ao risco de condições sistêmicas importantes, como obesidade e diabetes tipo 2.
Introduction: orofacial clefts are common congenital malformations with an important social, psychological, and economic impact. The treatment of this condition may include different surgical procedures that previously require an adequate oral condition. Case report: we report a case of dental treatment before palatoplasty in a male patient of 17 years-old with bilateral cleft lip and palate and lesion in the jugal mucosa. Final considerations: the adequacy of the oral environment is a fundamental step in the treatment of patients with orofacial clefts and aims to restore oral health regardless of the degree of complexity of the dental treatment through the reduction of the pathogenic microbiota, elimination of retentive niches, instructions on diet and adequate oral hygiene and constant patient motivation.
Esse estudo tem como objetivo resumir as evidências existentes de estudos primários, a fim responder à seguinte questão: “crianças e adolescentes com paralisia cerebral (PC) são frequentemente afetados pelo bruxismo?”. Para tal, foram realizadas buscas nas bases de dados Web of Science, Medline (via PubMed), Lilacs, SciELO, Scopus and Wiley Online Library, utilizando os descritores “Paralisia Cerebral” e “Bruxismo” em inglês, e de forma associada, sem que houvesse delimitação de intervalo de tempo. A busca incluiu todos os artigos publicados até maio de 2020. Foi encontrado um total de 229 publicações, das quais foram selecionadas 12, após análise criteriosa das mesmas. Foram incluídas análises retrospectivas de dados, estudos transversais e estudos observacionais de caso-controle publicados em inglês e com amostras compostas por crianças e/ou adolescentes. Foram excluídos os relatos de casos, as revisões de literatura e os estudos cuja amostra era composta apenas por adultos. Nos estudos avaliados, o bruxismo esteve presente em todas as amostras com paralisia cerebral. Contudo, sinais e sintomas orais, decorrentes dessa parafunção foram relatados apenas em três estudos, nos quais se avaliou presença de desgastes dentários e dor. Assim sendo, o bruxismo em crianças e adolescentes com paralisia cerebral é uma condição oral frequente, no entanto, o conhecimento sobre os fatores associados e os fatores de risco para a ocorrência desse problema nesses pacientes permanece limitado.
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