A Política Nacional de Saúde Bucal tem o objetivo de aumentar o acesso ao atendimento odontológico em áreas socialmente vulneráveis, porém, fatores estruturais, políticos, econômicos e ambientais interferem na plena atuação do dentista, intensificando as disparidades sociais. No conceito da odontologia preventiva, a promoção de saúde fornece à população ferramentas para melhoria na qualidade de vida, além de fazer do paciente um agente ativo nessa transformação. Nisso, a experiência acadêmica extramuros tem a ferramenta de aproximar o aluno das realidades sociais que o cercam, pois possui uma metodologia ativa no ensino em saúde que gera benefícios para a comunidade que vai interagir com a equipe acadêmica, e para o futuro profissional que saberá conciliar teorias e técnicas científicas com diferentes estruturas socioambientais. Dessa forma, o objetivo desse artigo é relatar a experiência acadêmica de alunos de odontologia que atuaram em zona rural do Piauí como extensionistas do projeto PERES. A atuação da equipe de saúde bucal incluiu prevenção, promoção e recuperação de saúde, onde os estudantes vivenciaram desafios diante da realidade comunitária, como alta prevalência de cárie em crianças, doença periodontal em adultos e próteses mal adaptadas em idosos. Assim, através do contato com a comunidade, houve formulação de percepções sociais no atendimento odontológico e o desenvolvimento da saúde integral e humanitária na formação dos futuros cirurgiões-dentistas.

A crescente ascensão das mídias sociais virtuais possibilitou a extensão dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes, o que viabilizou a atuação do agente de polícia infiltrado nesse âmbito.  O presente artigo científico proporciona o estudo de operações policiais que utilizaram a infiltração virtual no combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes cometidos no âmbito da internet. O objetivo principal dessa pesquisa consiste em constatar a eficiência do agente infiltrado digital na repressão desses delitos. Com o intuito de alcançar essa meta, são estudadas quatro operações da polícia federal a partir da perspectiva técnica de dois policiais e da percepção jurídica obtida de dois acórdãos. As visões dos dois agentes, que possuem o conhecimento empírico de terem atuado nas investigações relatadas, permitem uma compreensão do modus operandi da infiltração virtual; e a análise dos provimentos jurisdicionais demonstra a forma como foram condenados os investigados das operações pesquisadas. O artigo alcançou o seu propósito ao demonstrar a eficiência das quatro empreitadas da polícia, já que elas conseguiram inúmeras condenações e vários resgates de menores em situações de vulnerabilidade.

Em março de 2020 o Piauí diagnosticou os primeiros casos de covid-19, um vírus novo para comunidade cientifica que trouxe muitos desafios para população e profissionais de saúde. Com esse vírus foi perceptível uma queda drástica nos números de atendimentos eletivos assim como também nos atendimentos de urgência, a falta de protocolos, bem como a ausência de medidas de proteção adequadas que impossibilitaram que os atendimentos continuassem. Em levantamento realizado pelo colégio brasileiro de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial foi detectado uma queda de 92,5% no que se refere a cirurgias programadas. Esse número é um alerta quanto a necessidade de planejar e atuar no intuito de evitar que ocorra uma superlotação relacionada aos procedimentos adiados. Este trabalho visa analisar como a covid-19 influenciou e alterou as programações cirúrgicas buco maxilares deste hospital de urgências, identificar a percepção dos profissionais envolvidos quanto a estas alterações. Os resultados comprovam que decorrido um ano da pandemia, alguns problemas ainda persistem: EPI´S em número reduzido, profissionais relatando cansaço e número de cirurgias reduzidas quando comparadas a antes da pandemia.

A nova percepção de acesso à justiça está atrelada com o direito de participação de todos em procedimentos que estejam condizentes com a ordem jurídica pátria e resguardem direitos fundamentais. A nova abordagem do acesso à justiça está associada com os métodos de resolução consensual de conflitos, dentre os quais a mediação em um método autocompositivo de solução de desavenças, já que o poder decisório em relação à questão controversa pertence aos conflitantes e não a um terceiro. Com isso, para que haja plena abertura na obtenção de justiça por meio desse método adequado, o treinamento do mediador deve ser guiado e orientado para que haja qualificação teórica e prática em sua atuação, objetivando de forma efetiva a propagação da cultura de paz na sociedade. O presente artigo científico irá estudar o treinamento dos mediadores judiciais trazido pelo manual de mediação judicial elaborado pelo CNJ em 2016, com vista em concluir com a resposta à questão “o programa de treinamento e de gestão de qualidade do mediador judicial possui o potencial de assegurar o acesso à justiça?”. A metodologia do trabalho é uma revisão narrativa da literatura com busca, análise e síntese do conhecimento científico sobre o programa de treinamento e de gestão de qualidade do mediador judicial. Dessa forma, toda a organização que cerca o mediador é essencialmente qualificativa no que tange a busca pelo desenvolvimento do pleno acesso à justiça pela sociedade de forma igualitária e satisfatória.

A qualidade técnica de um serviço pode ser avaliada de forma segura e eficaz, embasada cientificamente. Esse estudo possibilita ao usuário do sistema de saúde público e ao profissional mensurarem o nível de utilidade da assistência que é prestada. Logo, avaliar o serviço odontológico em ambiente de referência viabiliza melhoras significativas para o paciente e profissional, podendo guiar a gestão dos serviços às verdadeiras necessidades da população. Desta forma, o trabalho qualitativo e quantitativo utilizou o setor odontológico do Hospital da Polícia Militar (HPM) de Teresina-PI, para coletar dados que viabilizaram a caracterização dos serviços oferecidos na assistência odontológica, bem como são feitos os registros destes serviços frente a comunidade em que se insere. A pesquisa foi guiada por análise de prontuários dos pacientes, entrevista com formulários estruturados e orientação de cirurgiã-dentista. Na amostra dos prontuários analisados, 64% não possuíam queixa principal ou características que auxiliassem no diagnóstico e tratamento do paciente, além disso, 42% dos profissionais confessaram não assinar o documento. O trabalho viabilizou ampliação desse estudo, comparação das percepções de saúde entre paciente e dentista, e possíveis intervenções para melhoria do atendimento para a população.