O aumento do número de idosos dependentes é uma realidade global e pode estar associado à diminuição progressiva das aptidões e capacidades físicas e mentais dessa população. Por isso, torna-se importante a figura do cuidador, que auxilia os idosos em suas atividades de vida diária. Este estudo objetivou avaliar a sobrecarga de trabalho e a qualidade de vida de cuidadores de idosos institucionalizados. Doze participantes foram avaliados por meio de questionário de caracterização do cuidador, WHOQOL-BREF e Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit. Utilizou-se o coeficiente de Spearman (rs) para correlacionar a sobrecarga e qualidade de vida, considerando p ≤ 0,05. Os voluntários apresentaram sobrecarga moderada a leve (58,33 ± 3%; n = 7) sendo o domínio meio-ambiente o mais afetado na qualidade de vida (13,3 ± 2.9%). Não houve correlação significativa entre a sobrecarga e qualidade de vida (rs = -0,3023; p > 0,05). As condições do ambiente de trabalho promoveram sobrecarga aos cuidadores e comprometimento de sua qualidade de vida, sugerindo a necessidade de uma análise dos fatores de risco para definição de recomendações e/ou adequações para evitar agravos à saúde destes trabalhadores.Palavras-chave: idoso, cuidadores, sobrecarga, qualidade de vida.
A educação popular em saúde prioriza o diálogo aberto sobre problemas de saúde com os atores sociais, respeitando suas culturas, reconhecendo-as como válidas e promovendo análise crítica de tal modo que os empodere como reais cidadãos. Este trabalho objetiva relatar as experiências com educação popular em saúde de residentes de universidades públicas paraenses a fim de os apresentar como caminho capaz de colaborar com saberes, tecnologias e metodologias para a construção de novas práticas no âmbito do Sistema Único de Saúde. Criou-se, assim, grupo de grávidas em Unidade de Saúde da Família no município de Ananindeua, Pará. Trata-se de relato de experiência dos residentes de Saúde da Família com grupo de gestantes, utilizando conceitos e ferramentas da educação popular, de março de 2015 a julho de 2016. Por meio de reuniões periódicas entre a equipe, elaborou-se cronograma, palestras educativas e fôlderes com informações relativas à gestação. As gestantes encontravam-se na faixa etária de 15 a 35 anos, em sua maioria multíparas, com baixo nível de escolaridade, renda familiar mensal de um salário mínimo e sem emprego formal. Nota-se que, por estarem inseridas em contexto cultural amazônico, o conhecimento empírico norteia as práticas de seu cotidiano. Metodologias ativas de educação permitem o diálogo, a troca de experiências, além de valorizar a gestante como parte importante e principal no processo de mudança de sua realidade. Apesar das barreiras encontradas para a manutenção do grupo, observou-se colaboração das gestantes nas reuniões, interação e fortalecimento da relação profissional-usuário. Palavras-chave: Educação em saúde. Internato. Residência. Gestantes.
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