Com o presente trabalho, objetivou-se realizar uma revisão de literatura sobre os principais aspectos relacionados à doença de Haff. Enfermidades decorrentes do consumo de carne de peixe podem ser causadas por substâncias tóxicas, por toxinas produzidas pelo próprio peixe, ou microrganismos contidos em água contaminada em que os peixes se reproduzem, provenientes de áreas degradadas, e resíduos e locais de despejo de lixo. Dentre essas diversas patologias, destaca-se a doença de Haff ou doença da urina preta, que é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados pescados de água doce e representando uma preocupação à saúde humana. A etiologia da doença de Haff, ainda não este bem definida. A doença de Haff apresenta como, principal característica, o desenvolvimento de uma condição grave chamada de rabdomiólise, a qual se trata de uma síndrome provocada por lesão muscular, consequente aumento dos níveis séricos de creatina fosfoquinase (CPK) e escurecimento da coloração da urina, o que caracteriza e comumente nomeia a doença. De modo geral, quando o paciente recebe o tratamento em tempo hábil, o prognóstico da doença de Haff na maioria dos casos é bom, com a maior parte dos sintomas desaparecendo em 72 horas. Considerando os vários riscos à saúde, relacionados ao consumo de peixe cru ou mal cozido, desde problemas gastrointestinais até reações alérgicas e morte, é fundamental que boas práticas de pesca, manejo, conservação e cozimento do pescado sejam adotadas. Além disso, maiores estudos para melhor entendimento desta síndrome de importância na Saúde Pública são necessários.
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar quais os principais riscos podem acometer os estudantes de Medicina Veterinária de uma Universidade Pública do Piauí. Foi utilizado o método de aplicação de questionário, no qual constavam perguntas objetivas sobre uso de equipamentos de proteção individual (EPI's) e sobre os possíveis agravos sofridos. Foi observado que 51% (77/150) dos estudantes sofreram algum tipo agravo durante a graduação, sendo os agravos mais frequentes os acidentais, representando 73% (56/77), seguidos pelos biológicos 17% (13/77) e químicos 10% (8/77). Dentro dos agravos acidentais, os mais frequentes foram as mordeduras e arranhaduras, cortes e perfurações, representando 47% (36/77), 20% (15/77) e 6% (5/77) dos agravos respectivamente. Apesar de 100% (150/150) dos discentes terem relatado usar os EPI's básicos, 71% (106/150) afirmaram nunca ter recebido orientações ou treinamento para o uso correto. Conclui-se que houve uma alta prevalência de agravos nos discentes do curso Medicina Veterinária, o que demonstra que os riscos ocupacionais são uma realidade nesta atividade. Além disso, contatou-se que se faz necessário a implementação de medidas de educação em saúde para uso adequado dos EPI's.
O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de realizar uma revisão de literatura com as principais hemoparasitoses que acometem cães, destacando a avaliação dos principais métodos de diagnóstico laboratoriais das mesmas. As hemoparasitoses são doenças endêmicas no país e encontradas em todo território brasileiro, apresentando notável importância para a clínica médica veterinária e saúde única. Referem-se a enfermidades causadas por microrganismos patogênicos que parasitam as células sanguíneas, sendo transmitidas por artrópodes hematófagos, na qual o principal vetor são carrapatos da espécie Rhipicephalus sanguineus, constituindo-se como uma das principais causa de mortalidade e morbidade em cães no mundo. Dentre as principais hemoparasitoses, pode-se citar a Erliquiose Monocítica Canina, a Anaplasmose Trombocitotrópica Canina, a Babesiose e Hepatozoonose, que são causados pelos agentes dos gêneros Ehrlichia, Anaplasma, Babesia e Hepazoon, respectivamente. O diagnóstico das infecções hemoparasitárias é desafiador, uma vez que os diferentes agentes podem provocar manifestações clínicas semelhantes. E ainda, os animais podem estar ou serem contaminados com mais de um agente simultaneamente ou sequencialmente, principalmente em regiões onde essas doenças são endêmicas. Vários são os métodos de diagnóstico disponíveis, no entanto, nenhum, isoladamente, é suficiente para chegar a um diagnóstico final. Em decorrência das características comuns entre esse grupo de enfermidades, e as diferentes fases e manifestações clínicas da mesma, o conhecimento sobre o comportamento dos patógenos e a especificidade e sensibilidade de cada exame, assim como a identificação da fase de evolução clínica da doença são fundamentais para a realização da escolha adequada do exame a ser solicitado, bem como da combinação deles, e estabelecimento de um diagnóstico mais preciso.
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