Com base em resultados da pesquisa autoetnográfi ca, este artigo tem como objetivo analisar práticas docentes de língua inglesa à luz da teoria decolonial (QUIJANO, 2005; 2007; GROSFOGUEL, 2007; MIGNOLO, 2007; MALDONADO-TORRES, 2007), além de refletir sobre método e ensino de língua inglesa a partir de Kumaravadivelu (2003a; 2003b; 2016). Para tanto, apresento e discuto as premissas centrais do grupo Modernidade/Coloniadidade. Após, relaciono esses conceitos com o ensino de língua inglesa, focalizando as considerações sobre método, defendidas por Kumaravadivelu (2003a; 2003b; 2016). Além disso, relaciono os conceitos debatidos às minhas práticas de sala de aula, apresentando meus dilemas e, consequentemente, os reflexos de colonialidades que permeiam minhas práticas.
RESUMO Este artigo visa interpretar discursos presentes nas falas de alunos/as do ensino médio em sala de aula de língua inglesa sob a luz dos conceitos de colonialidade de gênero de Mendoza (2017) e Lugones (2007), e de letramento crítico como perspectiva de ampliação de visões de Monte Mór (2015, 2018). Para tanto, investigo as falas de meus/minhas alunos/as que me levaram a refletir sobre esses conceitos nas atividades desenvolvidas em sala de aula. Desse modo, verifiquei discursos que correspondiam à noção de colonialidade de gênero, interpretei os processos linguísticos inseridos nesses discursos e sinalizei algumas posturas críticas em relação à temática. Diante disso, defendo a inclusão do debate sobre gênero em sala de aula de língua inglesa, a fim de problematizar e refletir sobre tal questão.
O presente trabalho tem o objetivo de fazer um relato de experiência de uma atividade do curso de língua inglesa, desenvolvido em uma turma do PRONATEC, no Instituto Federal de Alagoas/Campus Satuba. Após observação da turma, notei que havia alunos que trabalhavam com artesanato em argila e com pintura. Percebi também que há uma tradição cultural, voltada para o artesanato, na cidade de Satuba. Essas descobertas me fizeram desenvolver um ensino que, além de ampliar o conhecimento da língua inglesa, também promovesse as questões culturais locais. Como aparato teórico, temos Kramsch (1993) e Tavares (2006), no que diz respeito às questões culturais na sala de aula de línguas estrangeiras e o The New London Group (1996), com a pedagogia dos multiletramentos. O trabalho culminou com a produção de um fôlder turístico da cidade de Satuba, descrevendo a história e os artesãos da cidade, com apresentações orais em inglês e com uma exposição das peças dos alunos. Tal experiência mostrou que, enquanto professores de língua inglesa, podemos gerar momentos de aprendizagem significativa para nossos alunos, desde que conheçamos mais nossas realidades.
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