Introdução: Universalizar a linguagem utilizada por enfermeiros permitirá maior visibilidade para a profissão; contudo, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), na Atenção Primária à Saúde (APS) é ainda incipiente. Dentre as suas fases, há elementos que requerem nomenclatura própria. Objetivos: Analisar as nomenclaturas existentes e seu potencial de utilização na APS. Metodologia: Análise crítica de literatura sobre nomenclaturas de enfermagem no Brasil: NANDA-I/NIC/NOC, CIPE/CIPESC e CIAP. Resultados: As nomenclaturas pesquisadas são voltadas para indivíduos/família/comunidade. Focam em “problemas” ou “necessidades” e não apenas no diagnóstico clínico de doenças. NANDA-I/NIC/NOC e CIPE/CIPESC não tem potencial de comunicação com outras categorias profissionais, o que se constitui em um problema no âmbito da APS. As nomenclaturas tradicionalmente utilizadas pela enfermagem tiveram sua aplicação mais voltada para a prática hospitalar, exceto CIPESC e CIAP. Conclusões: a literatura revela ausência de consenso quanto ao potencial de aplicação destas nomenclaturas para uso da enfermagem na APS.
Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é compreendida como uma ferramenta que organiza o trabalho profissional de enfermagem de forma pessoal, metodológica e instrumental, tornando possível a aplicação do Processo de Enfermagem (PE) na prática. O PE é uma ferramenta orientadora e metodológica do cuidado profissional de enfermagem e da documentação da prática de enfermagem. O PE é constituído por cinco etapas interdependentes. Porém, somente após sua normatização pelo conselho de classe no Brasil, a SAE/PE passou a ser exigida nas instituições de saúde. Contudo, há ainda fatores limitantes que impedem a plena implantação da SAE/PE, particularmente no âmbito da Atenção Primária em Saúde (APS). Objetivo: Realizar um diagnóstico situacional da SAE, na perspectiva dos profissionais da APS, em Jundiaí-SP. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de corte transversal, com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido no município de Jundiaí. Foi aplicado questionário com escala de tipo Likert, previamente validado. A população do estudo foi composta por enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem, que trabalham na APS do referido município. Resultados: Participaram do estudo 130 profissionais de enfermagem (45 enfermeiros e 85 técnicos e auxiliares de enfermagem), atuantes em 24 UBS. Os participantes apresentaram em média 18 anos de atuação profissional (DP=11). Dentre os participantes, cinco enfermeiros e 31 técnicos/auxiliares relataram nunca ter participado de aulas sobre SAE/PE durante o curso de formação profissional. Os participantes apontaram não ter dificuldade para entender o que é SAE e PE. Contudo, as respostas obtidas demonstraram que ainda há dúvidas sobre os conceitos relativos a SAE e PE. De maneira geral, observou-se que os técnicos/auxiliares de enfermagem tiveram mais dúvidas que os enfermeiros nas questões. Os participantes apontaram que há lacunas na formação acadêmica relativa a SAE/PE. Enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem reconheceram que existem dificuldades de implantação da SAE na APS. A falta de linguagem padronizada para enfermagem para uso na APS também foi apontada como um obstáculo, bem como o pouco incentivo das instituições de saúde na consolidação dessa metodologia de trabalho. Questões operacionais como interrupções frequentes e falta de consultórios foram indicadas como barreiras para a plena execução da SAE/PE. Conclusão: A SAE ainda é pouco aplicada no processo de trabalho da APS no cenário do estudo. Existem lacunas na formação profissional sobre SAE e PE, e a educação permanente nas instituições de saúde é apontada como uma forma de preencher esta lacuna. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Assistência de Enfermagem. Atenção Primária em Saúde. Processo de enfermagem. Caballero SPOS. Systematization of nursing care in primary health care: situational diagnosis from the perspective of nursing professionals [dissertation].
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