A saúde mental de pastores é um tema pouco debatido embora seja uma evidência atual. Com efeito, estudos sobre a condição psíquica de pastores, hodiernamente, é de indubitável importância, uma vez que a depressão e burnout têm ultrapassado níveis aceitáveis de normalidade. Ainda são tímidas as publicações com este objeto de estudo. Este fato se justifica a importância de trazer à tona os fatores desencadeantes destes transtornos com efeitos alarmantes no cenário eclesiástico e na vida dos indivíduos pastores. Assim, o objetivo é provocar reflexão sobre depressão e burnout em pastores a partir de uma revisão de literatura. Na narrativa bíblica tem-se o registro do líder religioso Moisés que se apresentava com esgotamento físico e emocional, e seu sogro Jetro o orientou a delegar funções aos; no que diz respeito às depressões temos relatos de alterações patológicas do humor em Davi e Saul, por exemplo. Concepções equivocadas de que pastores são para “resolver as coisas de Deus” e o limite é a exaustão têm contribuído para constituição quadro alarmante de pessoas que cuidam dos outros, ao custo de tornarem-se sufocadas, angustiadas, em pânico e emocionalmente adoecidas. Algumas são levadas ao ponto da ideação ou cometimento de atos suicidas.
A compreensão da essência da natureza humana e sua relação com a devoção religiosa, como busca pelo sentido último da existência, tem sido uma questão muito estudada pela Filosofia, Teologia, Ciências da Religião e Psicologia. O objetivo do presente artigo é apresentar uma reflexão sobre esse tema, na óptica da antropologia filosófica tridimensional do neuropsiquiatra Viktor Frankl. Foi realizada uma revisão das principais obras desse autor, com ênfase nos fundamentos antropológicos de sua Logoterapia. Para Frankl, o homem é um ser espiritual que existe como unidade e tridimensional totalidade corpo-alma-espírito. A dimensão noológica (espiritual) contém o racional, o moral, o intelectual, o emocional e as singularidades humanas existenciais de liberdade de decisão e responsabilidade, perante os valores atrativos da vida e da busca pelo sentido último da existência, expressada na devoção religiosa. Somos senhores de nossa vontade, mas servos de nossa voz espiritual da consciência, que nos capacita a sintonizar a lei moral eterna, diante de situações concretas de sentidos a serem realizados na vida. Cada ser humano tem uma missão a realizar que é somente dele, como ser insubstituível e capaz de encontrar sentido até no sofrimento. Para o ser humano religioso, apesar de envolver o risco de escalar lugares mais altos e envoltos por neblina, a realização dessa última tarefa se torna muito mais fácil que para a pessoa irreligiosa. Na devoção religiosa sadia, na qual o homem se apega ao perdão misericordioso de um Deus amoroso, as aflições são mais facilmente enfrentadas com ânimo e paz incondicionais.
Saúde e religião têm sido estudadas principalmente por psicólogos, médicos e enfermeiros, sendo pouco frequentes pesquisas feitas por teólogos e cientistas da religião. O presente artigo tem como objetivo refletir acerca da relação entre ansiedade, depressão e teologia prática cristã. Foi realizada revisão das evidências da literatura no banco de dados PubMed. A prevalência da ansiedade foi de 3,6% no mundo e 9,3% no Brasil; país mais ansioso do mundo. A depressão acomete 4,4% da população mundial e 5,8% dos brasileiros. Ao mesmo tempo, 90% da população mundial está envolvida em alguma forma de prática religiosa ou espiritual, e existem consistentes evidências que os indivíduos que têm mais religiosidade têm menos depressão, ansiedade, tentativas de suicídio e uso/abuso de drogas, e experimentam melhor qualidade de vida, remissão mais rápida dos sintomas depressivos e melhores resultados psiquiátricos. No entanto, apesar de menos prevalente, o uso negativo da religião ou da espiritualidade no lidar com os problemas da vida (coping religioso/espiritual negativo) tem sido causa de adoecimento mental e foi encontrado em algumas pesquisas. Essas relações positivas e negativas precisam ser compreendidas por líderes e conselheiros cristãos, por professores, psiquiatras, psicólogos, teólogos e cientistas da religião.
CURY, Augusto. O homem mais inteligente da história. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. 224p. A obra tem como tema central o estudo da mente do homem Jesus Cristo. Narra a aventura de um médico psiquiatra pesquisador e ateu, chamado Marco Polo, que aceita o desafio de analisar o comportamento de Jesus, a partir da perspectiva da ciência, mas não da religião. A ação acontece ao longo de vários debates públicos com três cientistas: o protestante, doutor em teologia por Harvard, Thomas Hilton; o psicólogo e renomado teólogo do Vaticano, Alberto Mullen; e o médico ateu, doutor em neurociências, Michael Herman, que mora em Jerusalém -cidade sede do que viria a ser o maior encontro mundial sobre a mente do homem mais inteligente da história. Como moderadora, foi escolhida a Dra. Sofia, médica psiquiatra, filha de oncologistas; pai católico e mãe protestante. Assim, em meio a um contexto contemporâneo de ceticismo, vaidade científica, fome emocional e terrorismo, profícuas discussões ocorrem e a vida de cada um dos personagens e de milhares de pessoas no mundo vai ser transformada, a partir da gestão da emoção e reinvenção * Doutorando em Ciências da Religião da UNICAP. Graduando em Teologia pela FTSA. Mestre em Saúde Pública pela UEPB. Médico Cirurgião Plástico e Cirurgião Geral pela UNIFESP. Professor do Departamento de Cirurgia da UFPB. Lattes: http:/
Objetivou-se descrever a prevalência das doenças e coeficiente de mortalidade encontrados nas pessoas com deficiência que recebem o benefício assistencial da Lei Orgânica de Assistência Social do Brasil. Estudo descritivo, documental, com abordagem quantitativa, realizado no Sistema Único de Informações de Benefícios do Ministério da Previdência Social, envolvendo os benefícios concedidos que estavam, em outubro de 2012, ativos, suspensos, ou cessados por óbito ou outros motivos. Os dados foram obtidos utilizando-se um formulário. Entre os mais de dois milhões de pessoas com benefícios ativos, as mais frequentes doenças foram 30,2% mentais, 11,4% neurológicas e 5,6% congênitas. Nas pessoas com benefícios cessados por óbito, as doenças com maior prevalência foram: neoplasias (13,2%); doenças mentais (11,2%); doenças do aparelho circulatório (10,6%). O coeficiente de mortalidade foi de 141 óbitos por cada mil pessoas com deficiência com benefício assistencial em manutenção. As doenças mentais e as neoplasias predominam nas pessoas com benefícios ativos e cessados por óbito, respectivamente. O coeficiente de mortalidade nas pessoas com deficiência que recebem o benefício é 22 vezes maior que o da população brasileira.
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