RESUMOO presente estudo teve como principais objetivos conhecer a taxa de ocorrência de lesões melanocíticas (melanose, melanocitomas e melanomas) em suínos abatidos para consumo e identificar possíveis padrões de distinção e de classificação macroscópica dessas lesões. Para tal, procedeu-se à recolha de lesões melanocíticas em matadouro, durante oito meses, e à sua avaliação macroscópica e microscópica. Os resultados deste estudo demonstraram que as melanoses foram as lesões melanocíticas mais frequentemente encontradas (74,04%) e que, relativamente às lesões tumorais, os melanomas (malignos) foram os mais frequentes (21,15%) comparativamente com os melanocitomas (benignos) (4,81%). Pela análise comparativa das características macroscópicas e microscópicas, verificou-se que, nem sempre, por uma avaliação macroscópica, é possível a distinção entre essas lesões (melanoses, melanocitomas e melanomas). No entanto, identificaram-se, neste estudo, algumas características sugestivas da malignidade, como: o tamanho superior a 2,5cm, a presença de ulceração, a libertação de pigmento negro e a presença de coloração negra do gânglio linfático regional. É, portanto, de extrema importância a observação criteriosa e sistemática dessas lesões, para a avaliação das suas características, uma vez que a decisão sanitária é diferente consoante se trate de uma melanose, de um tumor maligno ou de um tumor benigno.Palavras-chave: suínos, melanose, melanocitoma, melanoma, abatedouro
ABSTRACT
The main objective of the present study was to know the rate of occurrence of melanocytic lesions (melanosis, melanocytoma and melanoma) in pigs slaughtered for consumption and to identify possible patterns of differentiation and a macroscopic classification of these lesions. To this end, we proceeded to the collection of melanocytic lesions in a slaughterhouse during 8 months, and its macroscopic and microscopic evaluation. The results of this study demonstrated that melanosis were the most often found melanocytic lesions (74.04%) and that for tumors, melanomas (malignant) were the most frequent (21.15%) compared to melanocytomas (benign) (4.81%). By comparative analysis of macroscopic and microscopic characteristics we found that it is not always possible, with a macroscopic evaluation, to distinguish between these lesions (melanosis, melanocytoma and melanoma