O município de Moju no Estado do Pará pertencente à Mesorregião do Nordeste Paraense e à Microrregião Tomé-Açu e está inserido no chamado 'polo biodiesel' que, atualmente, vivência uma fase de intensos investimentos agroindustriais de produção de óleo de palma visando suprir o mercado nacional e internacional de biocombustíveis. O município possui o menor percentual de áreas protegidas na sua mesorregião, vive com uma expansão da cultura de dendê, do pólo biodiesel e o embargo das atividades do Município Verdes pela alta taxa de desmatamento e focos de calor, chamando a atenção para estudos ambientais. Neste contexto, o presente trabalho apresenta uma comparação e análise das influências das variáveis ambientais na determinação da vulnerabilidade ambiental do município de Moju. Através de Sistemas de Informações Geográficas, associou-se diversos graus de suscetibilidade das classes das variáveis. Com a ponderação Fuzzy, realizou-se a sobreposição ponderada dos planos de informação referentes ao solo, geologia, cobertura vegetal e uso e ocupação do solo. Esta comparação permitiu determinar a fragilidade ou resiliência natural dos mesmos aos processos de degradação ambiental e ação antrópica e as influências de cada uma na determinação das diferentes vulnerabilidades ambientais. As comparações e análises realizadas procuraram determinar o quanto cada uma destas variáveis e suas respectivas classes contribuem para se estabelecer o grau de vulnerabilidade do município estudado.
As geotecnologias cumprem um papel importante, relacionados à fragilidade do ambiente, pois são capazes de elaborar produtos capazes de identificar pontos de destaque e são altamente eficientes para a gestão do território e promoção da qualidade da paisagem. Este trabalho apresenta um modelo para determinar a fragilidade ambiental em bacias hidrográficas. O estudo foi realizado na Bacia do Submédio Tocantins, localizada na bacia hidrográfica do Tocantins-Araguaia. Fatores que influenciam a ocorrência de processos de vulnerabilidade ambiental foram integrados por algoritmos em um SIG para construção de classes de fragilidade. A análise multicriterial considerou o modelo numérico de terreno, dados oficiais sobre variáveis ambientais e imagem orbital de alta resolução. Através de informações secundárias sobre pedologia, intensidade das chuvas e declividade do terreno, gerou-se o Mapa de Fragilidade Potencial (MFP). Em seguida, foram sobrepostas ao MFP as informações sobre uso e cobertura da terra gerando, assim, o Mapa de Fragilidade Emergente (MFE). Os resultados mostram que mais de 50% da área da bacia possui fragilidade potencial considerada baixa ou muito baixa, enquanto mais de 30% da área da bacia possui fragilidade emergente. Os modelos geraram informações importantes para o planejamento territorial, possibilitando um zoneamento acessível e de fácil atualização para as prefeituras municipais e organizações da sociedade civil, inclusive para o monitoramento das áreas de alta fragilidade ambiental.
A vulnerabilidade socioambiental congrega um conjunto de fatores ambientais e sociais que podem diminuir ou aumentar o (s) risco (s) no qual o ser humano, individualmente ou em grupo, está exposto nas diversas situações da sua vida. Neste contexto, este artigo objetiva desenvolver uma metodologia que possibilite mapear este fenômeno, tendo como estudo de caso o município de Belém. Deste modo, por meio da análise integrada, usando ferramentas de geoprocessamento, dos mapas de vulnerabilidade ambiental e social identificaram-se as áreas com incidência de alta vulnerabilidade socioambiental. Estes lugares configuram-se, em sua maioria, pela ocupação irregular de locais de alta vulnerabilidade ambiental pela população em situação desfavorável no tocante à renda per capita, educação e moradia, como por exemplo, a invasão de dunas móveis e planícies fluviais. Nessa perspectiva, o mapeamento da vulnerabilidade socioambiental visa contribuir para o planejamento de ações que proporcionem o desenvolvimento sustentável, subsidiando, efetivamente, o processo de planejamento territorial.
O presente trabalho consiste em analisar os dados de focos de calor e uso e cobertura do solo entre os anos de 2010 a 2020 para o município de Viseu/PA. Os dados de focos de calor foram adquiridos no formato shapefile dos presentes satélites: NOAA 12 e AQUA_M-T. Os dados de uso e cobertura do solo foram obtidos por meio do programa Mapbiomas. Em relação aos focos de calor para a média dos anos estudados, observou-se que, em quase toda a extensão do município foi recoberta por focos de calor. Em todo período estudado (2010 a 2020) ocorreu o aumento dos focos de calor. A partir dos dados coletados foi possível identificar que aproximadamente 80% dos focos de calor ocorreram na parte Norte e Sul do município de Viseu/PA. Com o aumento da criação de gado e da agricultura nessas áreas é necessário manter os sistemas de monitoramento ambiental como os do INPE, com segurança e clareza, a fim de contribuir com medidas de gerenciamento dos recursos naturais. Nesse sentido, os resultados alcançados no presente estudo auxiliam na prevenção e no combate de incêndios florestais e nas mudanças no uso e cobertura do solo, criando assim subsídios para possíveis mecanismos e políticas públicas voltadas para o planejamento do território.
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