Trabalhadores rurais e senhores de terra: nos campos da agroindustrialização no Oeste do Paraná -Segunda metade do século XX e início do século XXI Rural workers and landowners: in the fields of agroindustrialization in Western Paraná -Second half of 20th century and early 21st century Sheille Soares de Freitas Carlos Meneses de Sousa Santos RESUMOEste texto trata da presença de trabalhadores vinculados às atividades agroindustriais, no universo da produção rural no Oeste do Paraná. A discussão evidencia o modo como suas ações, tanto quanto as pretensões do patronato rural, compõem e instituem um espaço de tensão social na segunda metade do século XX e início do século XXI. A reflexão aponta para relações de poder desiguais, porém marcadas pelo protagonismo de trabalhadores. Algo que sugere um campo de forças indefinido, pois repleto de interesses e valores que se embatem. Essa análise problematiza uma agenda de mudanças para as relações no campo e evidencia a atuação de trabalhadores nesse processo. ABSTRACTThis text comes to the presence of workers bound by the agro-industrial activities, in the universe of rural production in western Paraná. The discussion demonstrates the way their actions, as well as the pretensions of rural employers, composes and establishes a space of social tension in the second half of 20th century and early 21st century. The reflection indicates unequal power relations, however marked by the protagonism of the workers. Something that suggests a field of forces undefined, because it has many interests and values what is confronting. This analysis discusses a changes agenda for relations in field and highlights the acting of workers in this process.Keywords: Rural workers. Landowners. Agro-industrial. Production.As aspirações agroindustriais, formuladas na pretensão dos negócios patronaisprincipalmente no que diz respeito aos senhores de terra -, coexistem e se efetivam com a presença de trabalhadores rurais. Tal presença, por sua vez, indica as próprias expectativas e anseios desses proprietários; assinalando, ainda, o chão de desigualdades em que se confrontam esses diferentes protagonistas.Contraditoriamente essas confrontações afirmam um universo de tensão, marcado por interesses que se integram, mesmo na diferenciação; sugerindo, assim, um estado de ambiguidade -do qual se afasta algo que possa ser simplesmente definido como consenso e/ou antagonismo. Contudo, parece-nos que, na constituição dessas relações, esses sujeitos se apresentam distantes de um ambiente de harmonia. O que nos permite inferir sobre a indefinição de um empreendimento que, muitas vezes, se quer anunciar como consolidado (INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, 2003).Assim, evidenciaremos a historicidade das ambições patronais, mas associadas às condutas de seus trabalhadores. Discutiremos como, na porção Oeste do Paraná, vêm se estabelecendo relações de produção no campo, as quais, em suas inserções comerciais, proporcionam matérias-primas para industrialização e fomentam relações de ...
O artigo discute ações de trabalhadores que se veem constantemente pressionados pelas limitações impostas à sua condição de classe. Analisamos a presença desses sujeitos no Oeste paranaense no decurso da segunda metade do séc. XX, a partir de registros processuais (somado ao trabalho com fonte oral e imprensa). Evidenciamos memórias e relações de exploração expressas em trabalho forçado ou parcialmente contratado em que estiveram envolvidos, debatendo ponderações, alternativas e desdobramentos dessa experiência social.
A tradução que apresento a seguir traz aspectos importantes da concepção de história e da trajetória combativa de Fontana, a qual consolidou sua prática e produção acadêmica. Ao retomar essa conferência, 12 anos após sua realização, faço isso por reconhecer sua pertinência, quando não urgência, ao tratar da “função social da história”, ao discutir as “guerras” pelos usos da história e das memórias, bem como ao destacar a relevância de nossa intromissão nessa história ensinada, ao disputar alternativas para construir, o que ele mesmo denominou, como “história de todos”. Tudo isso, enfatizando o necessário estímulo “ao pensar por si mesmo” na análise histórica, vendo essa postura como o uma prática importante na construção da consciência social e de nossa intervenção no presente.
No forjar das possibilidades: a "Krupp" Campo Limpo Paulista nos caminhos de trabalhadores (Segunda metade do séc. XX e início do séc. XXI) * Resumo Este artigo apresenta ponderações sobre a trajetória de trabalhadores que vivenciaram o espaço de trabalho na ThyssenKrupp-Campo Limpo Paulista-, a partir de meados do século XX. O interesse é discutir o repertório de possibilidades de certos trabalhadores, analisando contradições e diferenciações nas memórias que guardam sobre relações de trabalho, associadas às condições de classe que compartilhavam, envolvendo relações entre campo e cidade, como também o processo de expansão industrial. Ao fazer isso, a proposta coloca em questão a suposta vivência homogeneizante do "ser metalúrgico" e a construção analítica fundamentada nas alterações estruturais na dinâmica do mundo do trabalho. As presentes reflexões tentam evidenciar as desigualdades e pressões que potencializam as práticas dos trabalhadores na sociedade capitalista e, ao mesmo tempo, destacam a exploração sofrida e como interpretam as relações e caminhos que decidem enfrentar.
Trabalhadores e as fendas da ambivalência assistencial: Oeste do Paraná em fins do séc. XX e início do séc. XXI ResumoNeste artigo, evidenciamos aspectos das relações de poder mantidas entre trabalhadores (notadamente empobrecidos) e os vários sujeitos com que se colocam a dialogar, tendo em vista a atenuação ou superação de suas dificuldades; incluindo em seu repertório de atuação, o envolvimento com órgãos públicos e/ou dirigentes governamentais, empregadores e/ou entidades patronais, além de meios de acesso à instituição judiciária e o próprio contato com outros trabalhadores (estes situados em condições de menor vulnerabilidade). Para tal, indicamos uma documentação variada (abarcando fichas de assistência social, noticiários de jornalismo radiofônico e processo judicial), apontamos dinâmicas assistenciais que expressam um universo de tensão, enredado na desigualdade social, tanto quanto definido pela ambivalência das inserções empreendidas pelos sujeitos destacados. Uma pauta formulada a partir da territorialidade constituída no Oeste do Paraná, conforme questões atinentes à historicidade depreendida entre fins do séc. XX e início do séc. XXI.
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