Resumo Com o advento da Reforma Psiquiátrica, as ações em saúde visam promover a autonomia e o protagonismo dos usuários, a partir de uma visão integral de sujeito, em que se consideram os diferentes contextos e os grupos sociais de que ele faz parte, incluindo a família. Tal mudança paradigmática contribuiu para o abandono da perspectiva individual na assistência à saúde mental e ampliou o olhar e as ações dos profissionais para os grupos familiares. As problemáticas trazidas por diferentes usuários passam a ser compreendidas com uma visão psicossocial, em que se focalizam as relações interpessoais e familiares. Nesse contexto, este artigo relata uma experiência com um grupo de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS III) da cidade de Campina Grande-Paraíba, com base na Psicologia Social Comunitária. As intervenções psicossociais tinham o objetivo de promover o protagonismo dos usuários e sua corresponsabilização nos processos familiares, por meio de oficinas semanais sobre temas relacionados à família. Constatou-se que o conceito de família romântica e idealizada ainda faz parte do imaginário desses usuários. Os conflitos familiares foram destacados assim como a importância do diálogo, da reflexão e de outras estratégias para resolver problemas, o que denota posturas mais participativas e críticas. Essa experiência confirmou a relevância do desenvolvimento de ações nos serviços de atenção em saúde mental, focadas tanto na família quanto no usuário, atentos à desconstrução dos modelos de vitimização e culpabilização.
N a sociedade brasileira ainda há uma situação precária e deplorável em relação às crianças e adolescentes soropositivas em regime de acolhimento para fins de adoção. As crianças e adolescentes soropositivas precisam de cuidados específicos, para que haja a reversibilidade da doença de fatal para crônica. Contudo, há, por parte dos pretendentes à adoção, preconceitos clínicos e omissão em adotá-los. A disparidade aumenta quando se trata de criança e adolescente negro ou pardo. O que se pretende analisar no presente artigo é o perfil da criança e do adolescente destinado à adoção na Casa Sagrada Família (CASF), no Estado do Espírito Santo. Resumo: o presente artigo visa abordar o perfil da criança e do adolescente propenso à adoção na Casa Sagrada Família, no Estado do Espírito Santo. Nessa perspectiva, apresenta-se histórico-social da infância no Brasil. Em seguida, analisa-se o instituto da adoção e prossegue para a análise da adoção de crianças e adolescentes soropositivos, apontando-se os termos clínicos e as necessidades singulares do portador do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Considerando-se a importância do convívio e da aproximação com o acolhimento institucional das crianças e adolescentes na Casa Sagrada Família, apresenta-se uma descrição densa do acolhimento institucional, analisando os aspectos sociais e jurídicos das crianças e adolescentes soropositivos que passaram pelo acolhimento. Palavras-chave: Crianças e Adolescentes. Adoção. Soropositivo. Casa Sagrada Família.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre uma trajetória da experimentação do apoio institucional no âmbito do Plano de Qualificação das Maternidades e Redes Perinatais no Nordeste e Amazônia Legal (PQM), considerando o contexto onde foi desenvolvida a experiência, as estratégias e processo de trabalho e as reflexões decorrentes da prática do apoio institucional durante esse processo de experiência/intervenção. Mesmo tendo ocorrido em contextos potencialmente adversos à concretização desse Plano, o exercício do apoio institucional, desenvolvido, ao longo do período de 2010 a 2011, em uma instituição privada de um município brasileiro da Amazônia Legal, permitiu afirmar esse dispositivo como um modo inovador e efetivo ao promover grupalidades e equipes de saúde mais solidárias e corresponsáveis com movimentos de mudança das práticas.
Este trabalho buscou compreender a experiência de familiares de crianças e adolescentes com câncer, nos serviços de saúde, desde os primeiros sinais e sintomas da doença até a comunicação do diagnóstico. Trata-se de um estudo qualitativo realizado com 20 cuidadores familiares de crianças e adolescentes que estavam em tratamento oncológico em um hospital público da Paraíba. Recorreu-se à entrevista semiestruturada para apreensão dos dados e à análise de conteúdo, do tipo temático, para a organização e análise dos resultados. O processo de análise permitiu a construção de três categorias temáticas: Em busca de um diagnóstico; Diagnóstico; e Mudanças no sistema familiar. Recorrer a vários serviços de saúde, esperar pelo diagnóstico e, por vezes, receber diagnósticos errados causaram sofrimento na família, que geralmente sentia-se negligenciada e impotente. Apesar de grande parte dos cuidadores avaliar a comunicação do diagnóstico como adequada, as reações dos cuidadores expressaram o choque surgido pela notícia. Nesse cenário, identificou-se uma maior união na maioria das famílias e mudanças de rotina e papéis, no sentido de adaptação à adversidade inesperada. Ressalta-se a importância de repensar as práticas de cuidado na rede de assistência oncológica, assegurando uma postura de acolhimento e vínculo, a partir da ótica da integralidade.
O objetivo deste estudo consistiu em descrever a correlação do grau de percepção do suporte familiar com o nível de sintomatologia depressiva e ansiosa em pacientes com obesidade. A amostra foi composta por pacientes do sexo feminino (N = 39), usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), com idade média de 41 anos (DP = 10,74). As participantes responderam ao Inventário de Depressão de Beck (BDI), ao Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e ao Inventário de Percepção do Suporte Familiar (IPSF). Os resultados indicaram correlações negativas significativas entre o IPSF com o BDI e o BAI, indicando que, quanto maior a percepção do suporte familiar recebido, menores são os escores de sintomas depressivos e ansiosos. Correlações entre o BDI e o BAI também foram encontradas, apontando que quanto maior o grau de depressão, maior o nível de ansiedade. De maneira geral, os estudos indicam a efetiva importância do suporte familiar que se percebido como adequado pelo indivíduo, pode se apresentar como um fator de proteção no processo saúde-doença.
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