Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA M.P.O, 66 anos, deu entrada no Pronto Socorro com história de colelitíase há 2 anos e queixa de dor intensa em andar superior do abdome associada a náuseas e vômitos. Negou febre, colúria, icterícia ou acolia fecal. Diabética e hipertensa. Ao exame, estável, com dor à palpação de hipocôndrio direito, sinal de Murphy ausente. Exames laboratoriais confirmaram pancreatite aguda biliar, USG de abdome evidenciou litíse biliar com vias biliares intra e extra-hepáticas normais. Após 7 dias de internação, com boa evolução clínica e normalização dos exames laboratoriais, foi submetida a colecistectomia por videolaparoscopia com colangiografia intraoperatória. O achado intra-operatório foi de aderências fortes entre omento e duodeno com a vesícula biliar, a qual apresentava-se escleroatrófica, com paredes espessadas, contendo em seu interior cálculo de 2,5 cm; fístula puntiforme entre duodeno e vesícula biliar; fístula entre vesícula biliar e ducto hepático comum e cálculo coledociano de aproximadamente 0,5 cm na porção distal (Mirizzi tipo Va -Classificação de Csendes modificada). Realizada colecistectomia por videolaparoscopia com extração de cálculo do colédoco, rafia de fístula duodenal; rafia de fístula em ducto hepático com posicionamento de dreno de Kehr. No 11° dia de pós operatório foi submetida a colangiografia, apresentando dilatação discreta de vias biliares intra-hepáticas e bom fluxo do contraste por vias biliares e para o arco duodenal, sem imagens sugestivas de cálculos residuais ou estenoses . Nova colangiografia realizada no 53° dia sem alterações. Após 3 meses a paciente apresentava-se assintomática e com avaliação clinico-laboratorial normal. A Síndrome de Mirizzi é uma complicação rara da colelitíase de longa data, ocorrendo em aproximadamente 0,05 a 4% dos pacientes, com prevalência em mulheres de meia idade. É classificada até tipo Vb, segundo a nova classificação de Csendes. A importância do reconhecimento da síndrome de Mirizzi deriva do alto risco de lesões do ducto biliar durante os procedimentos cirúrgicos e à dificuldade do diagnóstico pré-operatório. O tratamento requer habilidade e cuidado na dissecção bem como na exploração segura das vias biliares e extração dos cálculos, para evitar qualquer iatrogenia. Na era laparoscópica, surge o questionamento sobre a melhor via de abordagem cirúrgica para o tratamento desta síndrome, tendo no caso proposto tal via de acesso cirúrgico resultado satisfatório e bom desfecho a curto prazo. ABCDExpress 2017;1(2):370Codigo: 61054 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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