Introdução: A sepse é um problema de saúde pública e é uma das principais causas de morte nos hospitais. Objetivos deste estudo foi classificar e descrever o perfil dos pacientes e adesão da equipe de saúde ao protocolo institucional correlacionando o impacto na taxa de letalidade por sepse e choque séptico. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de sepse e choque séptico no Pronto Socorro Central da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Brasil, de 2013 a 2016. Foram analisadas as variáveis: idade, sexo, origem, fatores de risco, apresentação clínica, foco infeccioso, achados microbiológicos, tempo de internação, tipo de infecção, adesão ao protocolo institucional, exames laboratoriais, culturas, administração de antimicrobiano empírico e desfecho. Resultados: Foram incluídos um total de 434 pacientes com sepse. O predomínio foi do gênero masculino (57,6%), com predomínio de infecções comunitárias (91,6%) com idade média de 57 anos, com tempo médio de permanecia hospitalar de 15 dias e o tempo médio para o desfecho óbito foi 13 dias. Quanto ao foco primário da infecção dos pacientes incluídos no protocolo 73,2% eram casos de sepse 26,8% de choque séptico. Os principais focos foram de origem pulmonar (60,4%). A Escherichia coli foi o agente infeccioso mais prevalente (24,3%) dos casos seguido por Staphylococcus aureus (18,7%), Klebsiella spp (13,9%) e Pseudomonas spp (13,1%). O número de notificações e a aderência aos pacotes da sepse foram significantes. Houve uma redução na taxa de letalidade de 37% nos últimos três anos. Conclusões: O protocolo institucional mostrou se eficaz, otimizando as ações praticas e melhoria da qualidade, como a detecção precoce e tratamento em tempo hábil dos pacientes com sepse e o impacto nas intervenções. O processo de desenvolvimento e adesão ao protocolo foi associado ao aumento das notificações de casos e ao declínio da taxa de letalidade por sepse após a adoção das ferramentas do protocolo.Palavras chave: Sepse, Protocolos, MortalidadeABSTRACT Background: Sepsis is a public health problem and is one of the leading causes of death in hospitals. The objective of this study was to classify and describe the profile of the patients and adherence of the health team to the institutional protocol correlating the impact on the rate of lethality due to sepsis and septic shock. Methods: A retrospective study of sepsis and septic shock in the Central Emergency Room of Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, Brazil, was carried out from 2013 to 2016. The following variables were analyzed: age, gender, origin, risk factors, presentation clinical, infectious outbreak, microbiological findings, hospitalization time, type of infection, adherence to the institutional protocol, laboratory exams, cultures, empiric antimicrobial administration and outcome. Results: A total of 434 patients with sepsis were included. The predominance was male (57.6%), with a predominance of community- -based infections (91.6%), with a mean age of 57 years, with an average length of hospital stay of 15 days, and the mean time to death was 13 days. As for the primary focus of infection of the patients included in the protocol 73.2% were cases of sepsis 26.8% of septic shock. The main foci were of pulmonary origin (60.4%). Escherichia coli was the most prevalent infectious agent (24.3%) followed by Staphylococcus aureus (18.7%), Klebsiella spp (13.9%) and Pseudomonas spp (13.1%). The number of reports and adherence to sepsis packages were significant. There has been a reduction in the lethality rate of 37% in the last three years. Conclusions: The institutional protocol proved 2 of 6 Santana SP, Berezin EN, Arnon MV, Massaia IDFS, Sprovieiri SRS. Avaliação da aderência ao protocolo de tratamento de sepse em um hospital universitário brasileiro. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 2020; 65:e43. to be effective, optimizing practical actions and improving quality, such as the early detection and timely treatment of sepsis patients and the impact on interventions. The process of protocol development and adherence was associated with an increase in case reports and a decline in sepsis lethality after the adoption of protocol tools.Keywords: Sepsis, Protocols, Mortality
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