Introdução: o isolamento social proposto por vários governos deu visibilidade a outra pandemia tão letal quanto a do coronavírus: a violência contra mulher. Objetivo: Analisar o aumento de casos de violência contra mulheres brasileiras no período pandêmico. Metodologia: trata-se de estudo descritivo de dados de violência contra a mulher coletados e registrados por um centro de atendimento a mulheres situado em Lauro de Freitas (Bahia) de 2017 a 2021. Resultados: 12.719 mulheres foram atendidas de 2017 a 2021 no centro de referência de Lauro de Freitas (Bahia). Em2021, o número de agredidas foi de 4.177. Nesse ano, foi registrado um aumento de 143% dos atendimentos em relação ao ano de 2017. Nesses atendimentos, 44,5% das mulheres se identificaram como pretas, apenas 2% se declararam como não alfabetizadas e 80,3% alegaram ter sofrido violência psicológica. Discussão: nesse cenário, percebe-se que o isolamento sanitário ampliou a violência doméstica contra mulheres, atingindo em maior número mulheres negras e pardas, devido à baixa escolaridade e a sua situação social. Conclusão: a violência contra a mulher atinge todas as camadas da sociedade e, para o enfrentara epidemia de agressão existente no Brasil, mudanças de paradigmas são necessárias.
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