Os estudos de anatomia ecológica são realizados frequentemente para obter informações sobre as estratégias anatômicas dos vegetais em diferentes ambientes. Este estudo teve como objetivo identificar as estratégias anatômicas adaptativas do xilema secundário da espécie Carapa guianensis Aulb. ocorrente em duas fitofisionomias da Amazônia: mata de planície de inundação (várzea) e mata de terra firme. As coletas foram realizadas no estado do Pará, em mata de terra firme no município de Nova Ipixuna e em mata de várzea no município de Belém. Foram coletadas amostras do lenho a 1,30 m do solo por método não destrutivo de dez indivíduos em cada fitofisionomia e retiradas as medições de DAP (diâmetro à altura do peito) e altura das árvores. Após a coleta foram feitos corpos de provas para as análises microscópicas. A caracterização anatômica microscópica qualitativa e quantitativa foi realizada através da montagem de lâminas histológicas permanentes e material macerado para as contagens e mensurações dos caracteres anatômicos, de acordo com as normas da IAWA. Para os resultados quantitativos foi aplicado teste de homogeneidade de variância (teste Bartlett a 5% de significância) e análise de variância (ANAVA) a 5% de significância. A partir das análises microscópicas foi constatado que apenas a frequência dos vasos diferiu estaticamente entre os dois ambientes e que os indivíduos de terra firme apresentam uma eficiência maior na condução hídrica de acordo com as características analisadas. As diferenças anatômicas observadas neste estudo são devido a alguns fatores, como: altitude, latitude e longitude dos locais, indicando a influência do meio sobre essas características.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.