RESUMO: O objetivo desse estudo foi realizar a adaptação transcultural dos protocolos de avaliação do Modèle Ludique desenvolvidos por Francine Ferland. O instrumento "Avaliação do Comportamento Lúdico" abrange cinco áreas de observação: interesse geral da criança; interesses lúdicos básicos; capacidades lúdicas básicas; atitude lúdica e expressão das necessidades e dos sentimentos. A "Entrevista Inicial com os Pais" abrange nove áreas, avaliadas por meio de perguntas sobre o comportamento lúdico da criança. Os dois protocolos foram traduzidos e adaptados seguindo metodologia que incluiu a tradução e a retrotradução, seguidas da avaliação da equivalência semântica, idiomática e conceitual. A versão traduzida foi aplicada em amostra de 13 crianças com paralisia cerebral e seus pais ou responsáveis. Os resultados indicam que os protocolos atendem à necessidade de instrumentos de avaliação validos e confiáveis, sendo recomendada a ampliação e aprofundamento de estudos para avançar no processo de validação dos dois protocolos. DESCRITORES: Avaliação/métodos. Jogos e brinquedos/psicologia. Ludoterapia.
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Crianças com Síndrome de Down (SD) apresentam atraso na aquisição das habilidades motoras em relação às crianças com desenvolvimento normal, podendo interferir em atividades como a força de preensão e a destreza manual. A avaliação destas atividades pode fornecer indicadores de desempenho nas atividades diárias. O objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre força de preensão e destreza manual em crianças com SD e crianças saudáveis com idade entre 7 e 9 anos. Participaram 26 crianças com SD, de ambos os sexos, que constituíram o Grupo SD, e 30 crianças saudáveis, compondo o Grupo Controle (GC). A avaliação da força de preensão foi realizada com o dinamômetro Jamar, e a da destreza manual pelo Teste Caixa e Blocos. O Grupo SD apresentou desempenho inferior tanto na força de preensão quanto na destreza manual, quando comparado ao GC; não houve correlação significativa entre a força de preensão e a destreza manual no Grupo SD; no GC esta correlação existiu; não houve diferença de desempenho entre os sexos para os itens avaliados; o desempenho nos testes de força de preensão e destreza manual no GC mostrou uma evolução com o decorrer da idade; no Grupo SD esta evolução não ocorreu. Conclui-se que foram encontradas diferenças no desempenho dos dois grupos, indicando características peculiares para a SD. Estes dados merecem maior investigação, uma vez que podem contribuir para a identificação de objetivos a serem considerados nos programas de estimulação.
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