ResumoEste artigo apresenta uma reflexão sobre o processo de construção do Projeto Pedagógico da Escola de Enfermagem da UFBA. A socialização dessa experiência pretende contribuir com outras instituições de ensino de enfermagem que, para atender às novas DCENF, passarão a vivenciar processos semelhantes ou que, no momento, passam pelo mesmo processo. O artigo traz alguns antecedentes e a fundamentação legal da mudança, apresentando os pressupostos que norteiam a atual proposta, bem como a organização curricular, os principais desafios e algumas estratégias de superação dos mesmos . Embora sejam apontados alguns aspectos que precisam de aprofundamento por parte do corpo docente, como a transversalidade de conteúdos, a gestão acadêmica, o processo de avaliação e a operacionalização da proposta, as autoras concluem que o debate não se esgota neste momento. Por se tratar de um processo dinâmico em construção, outros desafios poderão surgir exigindo novas estratégias para seu (re) direcionamento. Descritores Antecedentes da mudançaAntes mesmo da aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Enfermagem, desencadeada pelo Edital 04/97 do MEC/SESU, a Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (EEUFBa) reestruturou sua comissão de acompanhamento e avaliação do currículo existente, com objetivo de acompanhar e avaliar o currículo implantado nos moldes da Portaria 1.721/94 do MEC, no sentido de direcionar o curso para o atendimento das necessidades atuais da formação. O currículo tradicional já não dava conta dos problemas complexos colocados pela sociedade e estava provocando insatisfação entre os docentes e os estudantes, pois eram muitas as distorções decorrentes da fragmentação curricular, da dicotomia teoria/prática, curativo/ preventivo, individual/coletivo, ciclo básico/ciclo profissionalizante e tantas outras distorções desse modo de organização do currículo.A EEUFBa, à semelhança de outras escolas/cursos, vinha desenvolvendo suas ações pedagógicas através do ensino centrado nas(os) professoras(es), na transmissão de conteúdos, na avaliação somativa, com enfoque na área cognitiva (memorização apenas de conteúdos teóricos muitas vezes descontextualizados), deixando as áreas afetivas e motoras, aparentemente, em segundo plano.Frente a essa realidade, a construção de um projeto pedagógico inovador se constitui numa árdua tarefa institucional, não só pela dificuldade que traz a construção do novo, mas, sobretudo, pelo enfrentamento dos distintos entendimentos e interesses que mudanças dessa natureza provocam -por um lado, existem grupos que acham desnecessárias as mudanças, pela segurança que os princípios e práticas tradicionalmente organizados dão, por outro lado, as incertezas do como inovar, como reconstruir, como fazer diferente e romper com o estabelecido no processo de formação da
Estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa, teve como objetivo identificar e descrever práticas de discriminação racial e de gênero nos serviços de saúde, referidas por mulheres negras com diagnóstico de anemia falciforme. Os dados foram coletados em Salvador/BA, em 2006, por meio de entrevista semiestruturada, gravada e transcrita. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os discursos construídos oferecem um conjunto de elementos que nos dão pistas de como o tratamento injusto, descortês e humilhante é um fenômeno naturalizado e revela de modo indireto a discriminação racial e de gênero nos serviços de saúde. Apresenta ainda situações que expõem as pessoas a constrangimentos e que atingem a dignidade humana.
Esta investigação avança na perspectiva da construção de um conhecimento sobre a relação saúde mental e trabalho na enfermagem. Consiste num estudo descritivo, com abordagem qualitativa, tendo, como eixo condutor, a Teoria das Representações Sociais e como suporte complementar, os estudos da Psicopatologia e Psicodinâmica do Trabalho. A análise indica que as representações das enfermeiras acerca da relação saúde mental e trabalho na enfermagem trazem a marca do individual e do coletivo organizacional, visualizando essas profissionais como produto e produtoras de sua história pessoal e de sua saúde mental no ambiente de trabalho, compreendendo-as como manifestação da totalidade social.
Objective: to understand the meanings given by women and men with sickle cell disease on the illness experience. Method: analytical study with a qualitative approach, conducted with 17 adults with sickle cell disease using the Theory Based on Data, or Grounded Theory, as theoretical-methodological referential. Data were collected between the years of 2012 and 2013, in an individual in-depth interview. All the interviews were recorded and analyzed according to the Grounded Theory comparative analysis technique. Results: data show four categories which group the experience of illness, the feelings experienced and the path to living with sickle cell disease. Conclusions: it was possible to understand that the experience was built by a process in which these people redefined the meaning of their lives, applying new directions to life and to care regarding the experience of the illness. In the context of chronic disease, the nurse's care is also seen in this study as a foundation, providing attention, directions, and guidance through the required confrontations. Understanding the experience lived by these people, it is possible to enlarge the dimensions and the essence of nursing care required throughout life.
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