Resumo Objetiva-se analisar a prevalência e os fatores associados às Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), em adultos residentes numa área urbana de pobreza situada em Recife, Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo transversal, com amostra de 631 adultos de 20 a 59 anos. Analisaram-se possíveis associações das DCNT com fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e relativos à saúde, por meio de Regressão de Poisson, considerando-se como estatisticamente significantes aqueles com valor de p < 0,05. A prevalência de DCNT foi de 56,7%, sendo maior no sexo masculino (60,8%), entre os adultos com 50-59 anos (80,5%), de menor classe econômica (57,7%) e menor nível de instrução (62%). O problema também predominou entre aqueles com IMC ≥ 25Kg/m2 (34,2%) e que referiram estado de saúde ruim (76,4%). No modelo multivariado hierarquizado, as variáveis estatisticamente significantes foram: escolaridade, IMC, percepção da própria saúde, sexo e faixa etária. Observou-se, neste estudo, uma elevada prevalência de pelo menos uma DCNT, bem como, associação estatisticamente significante entre DCNT e as variáveis: escolaridade, IMC, percepção da própria saúde, sexo e faixa etária. Estes resultados sugerem a necessidade de se intensificar as ações de promoção à saúde, em comunidades carentes, com vistas ao seu melhor controle.
RESUMO: Introdução: As mudanças produzidas no processo saúde/doença, sobretudo no campo da nutrição, corroboram a substituição das carências nutricionais com emergência do excesso de peso (sobrepeso/obesidade). Objetivo: Analisar a prevalência e fatores associados ao excesso de peso em adultos residentes em uma área urbana carente do Recife, Nordeste do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico, com uma amostra de 644 adultos de 20 a 59 anos. Analisaram possíveis associações do excesso de peso aos fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e morbidades por meio de regressão de Poisson, considerando como estatisticamente significantes aquelas com valor de p < 0,05. Resultados: A prevalência do excesso de peso foi de 70,3%, sendo menor na faixa de 20-29 anos e maior na faixa etária de 30-39 anos, e estabilizando-se nas demais. No modelo de regressão multivariado, foi observado que a faixa etária, classe econômica, diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) mostraram-se diretamente associada ao excesso de peso, enquanto a variável consumo semanal de feijão mostrou-se inversamente associada. A alta prevalência do excesso de peso encontrado pressupõe que as comunidades carentes das quais os indivíduos fazem parte já se incluem no processo de transição nutricional que está em curso no país. Conclusão: Os resultados significativos de sobrepeso/obesidade detectados na área urbana carente estudada, impõe a necessidade de incluir esse problema como prioridade de saúde pública nessas comunidades.
Objetivo: Analisar a prevalência e os determinantes socioeconômicos do diabetes mellitus em adultos no estado de Pernambuco, Nordeste brasileiro, em 2015/2016. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com uma amostra de 1019 adultos, baseado na IV Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição. A variável dependente foi definida considerando diabéticos aqueles com glicemia de jejum ≥126mg/dl ou que referiram o seu diagnóstico durante entrevista. Analisou-se possíveis associações do diabetes com determinantes socioeconômicos, por meio de regressão multivariada de Poisson, considerando-se como significantes aqueles com valor de p<0,05. Resultados: A prevalência de diabetes foi de 10,8%, sendo maior entre as pessoas com menor escolaridade (19%), aposentados (23%), que não recebiam bolsa família (14,1%) e que apresentavam destino de dejetos (15,9%) e abastecimento de água (15,8%) ofertados de forma irregular. No modelo multivariado as variáveis socioeconômicas associadas ao diabetes foram: escolaridade, ocupação, bolsa família e abastecimento de água. Conclusão: O estudo revelou elevada prevalência de diabetes em grupos com condições de vida mais precárias e não beneficiários do bolsa família, reforçando a urgência de políticas sociais estruturantes para o enfrentamento de agravos crônicos.
Objetivo: Analisar os fatores associados à adesão à farmacoterapia em usuários hipertensos, assim como sua relação com o controle pressórico. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, baseado nos dados do estudo RedeNut, conduzido na Estratégia Saúde da Família nos municípios polos das macrorregiões de saúde de Pernambuco, em 2015-16. Foram sorteados 404 usuários acima de 20 anos. O escore de adesão baseou-se num instrumento validado para este fim, o Brief Medication Questionnaire. Resultados: A amostra analisada foi de 339 hipertensos, sendo 68,4% mulheres. 48,8% tinham a pressão controlada e 45,4%, eram hipertensos e diabéticos. 60% dos hipertensos foram considerados aderentes ao tratamento farmacológico. Na análise multivariada, as variáveis associadas, positivamente, à adesão foram, a idade (OR=1,028; p=0,021) e a renda familiar mensal (OR=2,147; p=0,060), e negativamente, a politerapia antidiabética (OR=0,270; p=0,010) e a dificuldade em tomar vários medicamentos (OR=0,357; p=0,038). Conclusão: Os resultados demonstraram que os fatores socioeconômicos e demográficos, bem como os relacionados à farmacoterapia e algumas limitações dos usuários, influenciam na adesão ao tratamento farmacológico. Recomenda-se, assim, a adoção de estratégias para aprimorar a adesão.
Analisar a prevalência e os determinantes socioeconômicos associados às DCNT em adultos no estado de Pernambuco, em 2015/2016. Trata-se de um estudo transversal, com uma amostra de 1019 adultos, baseado na IV Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição. Analisaram- se possíveis associações das DCNT com fatores, por meio de Regressão de logística, considerando-se como estatisticamente significantes aqueles com valor de p < 0,05. A prevalência de DCNT foi de 62,5%, sendo maior entre os homens (68,1%), com aumento progressivo a partir da faixa etária de 30-39 anos, entre aqueles com menor grau de instrução (80,2%), de raça branca (69,1%) e que não recebiam bolsa família (70,1%). No modelo multivariado, as variáveis associadas à DCNT foram: sexo, idade, escolaridade, raça e bolsa família. Observou-se uma elevada prevalência de pelo menos uma DCNT e associação significativa com as variáveis socioeconômicas: baixa escolaridade, raça branca e não receber bolsa família. Estes resultados sugerem a necessidade de se intensificar as ações voltadas para os determinantes socioeconômicos, sobretudo em populações mais vulneráveis, com vistas ao seu melhor controle das DCNT.
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