O artigo descreve e analisa os discursos e as ações de uma rede de atores governamentais e não governamentais produzidos durante uma série de eventos – uma audiência pública, a criação de um albergue emergencial e um festival cultural – que teve como objetivo central a visibilização da questão migratória como problema contemporâneo. Analisando essas iniciativas e as mais recentes práticas dos próprios refugiados e imigrantes na cidade, o artigo reflete sobre a articulação e o entrelaçamento da implementação de direitos com o humanitarismo no Brasil contemporâneo. A argumentação está amparada em uma etnografia multissituada das relações de saber e poder que produziram a imigração e o sujeito imigrante como tipo particular de população urbana suscetível de intervenção mediante uma complexa trama de atores, tecnologias, saberes e relações em Porto Alegre e São Paulo, entre os anos 2013 e 2016.
Entre 2014 y 2016 acompañé las demandas de activistas por los derechos de los migrantes – personas de organizaciones religiosas, de organizaciones no gubernamentales, de movimientos de inmigrantes e investigadores– en las ciudades de Porto Alegre y San Pablo. A finales del mes de mayo de 2014 se celebró en esta ciudad la Primera Conferencia Nacional de Migraciones y Refugio. Este artículo retoma escenas de mi trabajo de campo relacionadas con la conferencia, para revelar algunas formas del quehacer antropológico en medio de prácticas institucionales. Entendiendo estas prácticas como tecnologías de control, argumento que existen dos modos de hacer y pensar políticas migratorias: la que encarna la conferencia nacional y la que encarnan los migrantes y refugiados que viven en el centro de San Pablo. Dos modos de lucha que presentan tensiones y desafíos distintos en el quehacer antropológico.
O objetivo deste artigo é discutir, a partir de experiências etnográficas em eventos de visibilizacão e sensibilização da questão migratória na cidade de São Paulo, como as formas de mobilização política produzidas pelo Grupo de Refugiados e Imigrantes Sem Teto (Grist) podem ser vistas como cenários privilegiados para pensar o contexto migratório atual como um campo de interlocução em transformação. Entendo que para além da proposta de autorre- presentação, essas manifestações – desde rodas de conversa sobre a guerra na República Democrática do Congo até apresentações musicais em bares e restau- rantes, passando por palestras em bibliotecas e instituições educativas – podem estimular a construção de representações mais plurais e menos estereotipadas sobre os imigrantes bem como atitudes de enfrentamento crítico para outros grupos e comunidades de migrantes.
Comunarte es un proyecto que comenzó a finales de 2017 para pensar al migrante más allá de las imágenes estereotipadas que nos llegan día a día a través de los medios de comunicación. Basándose en un proceso de investigación etnográfica con perspectiva de género, Comunarte pretende visibilizar el arte y la cultura de las comunidades migrantes residentes en Canarias y generar así nuevos imaginarios sobre la movilidad de las poblaciones.
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