O aumento da expectativa de vida contribui para que aposentados estejam envolvidos em ocupações por muitos anos, o que demanda a criação de novos arranjos ocupacionais para suas vidas. Percebe-se uma ausência, na literatura, da compreensão do modo como o sujeito acessa as ocupações que constituirão a nova rotina. Esse trabalho objetiva compreender, a partir da percepção do aposentado, como as ocupações realizadas no percurso de vida participam da reorganização ocupacional na aposentadoria. Trata-se de estudo qualitativo, fundamentado teoricamente no paradigma de desenvolvimento ao longo de toda a vida (life span). Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas com 30 idosos. Os resultados foram analisados por análise de conteúdo e foram apresentados em quatro categorias: ao longo de toda a vida; antigos significados, novas ocupações; agora eu posso; outras possibilidades: a descoberta. Os resultados revelaram que ocupações realizadas no percurso de vida são referências importantes na aposentadoria, ressaltando a relevância da história ocupacional. Identificou-se também a prática de novas ocupações, comprovando que esse pode ser um momento de novas possibilidades. Este estudo não incluiu diferenciações quanto ao gênero e classe social e tais aspectos poderão ser abordados em estudos futuros.
Estudo objetiva discutir as estratégias que os cuidadores informais utilizaram frente aos sintomas neuropsiquiátricos de idosos com demência. Uma amostra de 26 cuidadores respondeu um questionário sociodemográfico, o Inventário Neuropsiquiátrico (NPI) e informou sobre as estratégias psicossociais utilizadas frente aos distúrbios neuropsiquiátricos. Os resultados foram descritos em frequência. A média de idade dos cuidadores foi de 57,54 anos; 84,61% do sexo feminino; 50% filhos dos idosos; e o tempo médio como cuidador foi de 7,51 anos. Os sintomas mais prevalentes foram apatia, agitação/agressividade, ansiedade e depressão. Os cuidadores relataram estratégias próprias para abordar as alterações de comportamento, e dentre as mais frequentes destacaram-se não confrontar o idoso; distraí-lo; envolvê-lo em atividades; utilizar o diálogo. As intervenções psicossociais podem facilitar o gerenciamento das alterações comportamentais na demência e diminuir a sobrecarga em relação ao cuidado, sendo importante oferecer aos cuidadores informações que contribuam para o enfrentamento dessas alterações.
This is a qualitative study that sought to understand the way in which oldest older adults perceive and deal with pain during activities of daily living. We interviewed 32 Brazilian older adults 80 years and older participating in the international multicenter study of Back Complaints in the Elderly. The following categories emerged from the content analysis: “The constant experience of pain,” “Understanding pain,” and “Performing daily living activities in pain.” Although pain is a constant experience and understood as something inherent to aging and difficult to explain, many older adults continue to perform daily activities while in pain and/or despite pain.
Long-term care facilities for older adults (LTCFs) were directly affected by the COVID-19 pandemic. This study aimed to discuss the perceptions of occupational therapists about deaths and other losses in LTCFs during the pandemic. This qualitative study is anchored in social phenomenology, and conducted in-depth interviews with eight occupational therapists who worked in LTCFs. Thus, two themes were generated after the Thematic Analyses: “The proximity of death” and “Losses associated with living and dying in a LTCF.” In the first theme, the interviewees addressed the feeling of imminent death in the daily life of the LTCF, and feelings related to their own death, that of their family members and other older adults. In the second, the professionals highlighted three groups of losses: social, functional, and psychological/cognitive. These results highlighted the challenges faced by occupational therapists and can contribute to improve behavior and care for institutionalized older adults during the pandemic.
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