O objetivo do presente trabalho foi estudar a posição do ramo associada a diferentes ferimentos, substratos e concentrações de ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento de alporques de figueira 'Roxo de Valinhos'. No primeiro experimento, foram realizados alporques na porção basal, mediana e apical dos ramos, no início do mês de março. No preparo dos alporques, foram realizados diferentes ferimentos: anel inteiro (anéis de três cm de comprimento), dois cortes (cortes paralelos de três cm de comprimento e um cm de largura), um corte (corte de três cm de comprimento e um cm de largura) e a testemunha com ausência de corte. Em seguida, colocou-se, no local do tratamento, substrato à base de casca de pínus umedecido, envolvendo-se com plástico transparente e amarrando-se nas extremidades, para evitar a perda de umidade. Passados 50 dias, os alporques foram removidos para a avaliação da porcentagem de alporques calejados, enraizados e o número médio de raízes. Em seguida, foram transplantados para leito de areia umedecido sob telado constituído de sombrite com 50% de luminosidade. Passados 30 dias, foram mensurados a porcentagem de alporques vivos e brotados, e o número médio de brotos. No segundo experimento, os alporques foram realizados no mês de abril, na porção mediana dos ramos, sem ferimento, aplicando-se no local, diferentes concentrações de AIB (0; 1.000; 2.000 e 3.000 mg L-1) e, em seguida, foram envolvidos pelos seguintes substratos: casca de pínus umedecido, esfagno umedecido e a mistura de ambos na proporção 1:1 v/v. Passados 60 dias, os alporques foram removidos para a mensuração da porcentagem de alporques calejados, enraizados e o número médio de raízes. Concluiu-se que os alporques devem ser realizados na porção mediana dos ramos, ausentes de ferimento, tratados com 1.000 mg L-1 de AIB e envolvidos com substrato à base de casca de pínus.
RESUMOEstacas apicais de figueira 'Roxo de Valinhos' coletadas em épocas distintas, podem apresentar enraizamento diferenciado, o que propiciará, na prática, saber em qual época devem-se aproveitar as estacas para a produção de mudas. Objetivou-se, no presente trabalho, avaliar a época de coleta e o tratamento com AIB, no enraizamento de estacas apicais da figueira 'Roxo de Valinhos'. Estacas caulinares lenhosas da porção apical dos ramos, coletadas no final da primeira quinzena dos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro, foram padronizadas com 20 cm de comprimento e diâmetro próximo a 7 mm e tratadas ou não com AIB à 2000 mg L -1 , por 10 seg. Em seguida, as estacas foram enterradas em leito de areia umedecido, sob telado constituído de sombrite com 50% de luminosidade. Decorridos 60 dias, foi mensurada a porcentagem de estacas vivas, enraizadas, brotadas, número médio de brotações e raízes por estaca. Concluiu-se que as estacas apicais de figueira 'Roxo de Valinhos' devem ser coletadas em junho e, posteriormente, tratadas com 2000 mg L -1 de AIB. Termos para indexação:Ficus carica L., ácido indolbutírico, propagação. ABSTRACT
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