R E S U M O ObjetivoAvaliar o estado nutricional e as práticas alimentares de crianças no segundo semestre de vida atendidas na rede pública de saúde do município de Taboão da Serra, SP.
MétodosEstudo de corte transversal conduzido em Unidades Básicas de Saúde, classificadas em dois agrupamentos (região central e região periférica). A amostra foi constituída por 180 crianças, sendo 90 de cada agrupamento. O consumo alimentar foi registrado pelo método recordatório de 24 horas. Foram tomadas medidas de peso e dosagem de hemoglobina por punção capilar.
ResultadosA prevalência de anemia encontrada foi de 30,5% sem diferença entre os grupos. Os valores das medianas do escore-Z (peso/idade) foram: 0,02 e 0,03, para os agrupamentos central e periférico, respectivamente. A utilização de suplemento de ferro apresentou diferença entre os grupos (p=0,001), sendo mais presente no agrupamento periférico, enquanto que para a vitamina A, a suplementação foi significantemente maior no agrupamento central (p=0,044). Verificou-se introdução precoce de alimentos distintos do leite materno na dieta infantil e diferença significante entre os grupos na idade de introdução de chá, suco de fruta, sopa e sopa com carne no esquema alimentar. Em relação à ingestão de nutrientes verificou-se consumo adequado de energia e proteínas, mas quanto aos micronutrientes estudados, há grande probabilidade de inadequação do consumo de ferro e vitamina C.
ConclusãoA prevalência de anemia é relativamente reduzida, comparada com os dados obtidos em outros locais, e o esquema de introdução de alimentos complementares é inadequado, frente às recomendações atuais. A utilização de suplementos de nutrientes deve ser revista.Termos de indexação: anemia ferropriva; desmame; estado nutricional; lactente.
A B S T R A C T
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.