Objetivo: Realizar uma revisão da literatura para identificar quais os medicamentos que mais causam injúria hepática induzida por medicamentos (DILI – que vem do inglês Drug Induced Liver Injury) em pacientes hospitlalizados. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura por meio de busca sistemática de artigos sobre DILI em pacientes hospitalizados. Esta pesquisa seguiu a recomendação PRISMA-P (Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta- Análises) e foram pesquisadas as seguintes bases de dados eletrônicas: PubMed, Web of Science, Scopus e Lilacs. Resultados: Inicialmente foi identificado um total de 454 artigos e após revisão do texto completo, foram selecionados 27 artigos. Todos os artigos selecionados consideraram o valor da enzima hepática alanina aminotransferase elevado para a caracterização da DILI. Foi identificado relatos de uma grande variedade de medicamentos, como prováveis causas de DILI, em pacientes hospitalizados. Conclusão: Os relatos de medicamentos associados a DILI, de acordo com a classificação ATC, foram: 85% (23) de fármacos do grupo J, 37% (10) do grupo M, 33,3% (9) do grupo N, e 33,3% (9) do grupo C. O grupo J, que abrange fármacos anti-infecciosos, foi o que teve maior número de relatos, sendo 47,8% (11) de antibióticos, 47,8% (11) de antituberculostáticos e 34,7 % (8) de antifúngicos. Destes, destacaram -se os Beta-lactâmicos, em especial a Amoxacilina-Clavulanto, Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Fluconazol.
A injúria hepática induzida por medicamentos (DILI – que vem do inglês Drug Induced Liverr Injury) consiste numa lesão ocasionada por medicamentos, ervas e xenobióticos, que levam a alterações hepáticas. A incidência de DILI na pediatria é desconhecida, pois casos são subclínicos ou subnotificados. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura para identificar os principais medicamentos envolvidos em DILI na pediatria. Foram identificados 339 artigos nas bases de dados, sendo que 48 foram selecionados para leitura na íntegra e após seleção e elegibilidade totalizou-se 13 artigos. A DILI na pediatria é um desafio pela vasta clínica, diagnóstico difícil e tratamento inespecífico. Foi verificada elevada e heterogênea possibilidade de fármacos que causam dano hepático em crianças. É importante que estudos sejam realizados para garantir melhores resultados quanto ao diagnóstico, prevenção e tratamento, assim como a organização de bancos de dados com informações sobre eventos adversos hepáticos envolvendo o uso de medicamentos na pediatria.
Objetivo: Avaliar a mortalidade por reação adversa a medicamentos (RAM) e a distribuição dos óbitos no Brasil e regiões. Metodologia: Estudo exploratório de série temporal da mortalidade por RAM no Brasil por meio da busca de dados contidos no Sistema de Informação de Mortalidade-DATASUS, durante o período de 2000 a 2019. Utilizou-se a 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), com os códigos Y40 a Y59. Foram calculadas as taxas de mortalidade por RAM, segundo sexo, faixa etária e região de residência. Resultados: Nos 20 anos analisados foram registrados 2003 (0,001%) óbitos por RAM. A taxa média de mortalidade por RAM no Brasil foi de 0,0516/100.000 hab, variando de 0,0342 a 0,0715/100.000 hab. A Região Sudeste apresentou as maiores taxas de mortalidade em média no período, seguida pela Região Sul e Centro-Oeste, enquanto as menores taxas foram encontradas na Região Norte. A frequência de mortes foi maior no sexo feminino e as maiores taxas na faixa etária de 60 anos ou mais. Conclusão: A mortalidade por RAM está aumentando no Brasil com diferenças regionais. A pequena quantidade de registros no período demonstra a necessidade de sensibilização dos profissionais de saúde quanto ao preenchimento das certidões de óbito quando a causa mortis estiver relacionada a RAM.
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