Introdução: O procedimento cesárea é uma intervenção cirúrgica definida como o nascimento do feto mediante incisão nas paredes abdominais (laparotomia) e uterina (histerotomia). O parto normal, por sua vez, consiste em procedimento fisiológico no qual o bebê é expelido do útero da mãe pela vagina. Nas últimas décadas, têm ocorrido em todo o mundo uma crescente iniciativa para diminuição do número de partos cesáreos devido a seus piores desfechos materno-fetais. Ainda assim, o Brasil e outros países latino americanos ainda apresentam as maiores taxas de partos cesáreos no mundo. Entre os fatores que influenciam a realização da Cesariana, estão a organização obstétrica pautada pela conveniência e a crença de que o parto vaginal é mais arriscado que a cesariana. Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo analisar comparativamente a incidência de partos normais e cesarianas no Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil entre os anos de 2014 e 2019. Material e métodos: Estudo epidemiológico transversal das mulheres submetidas a parto cesárea e parto normal no período de 2014 a 2019, baseando-se em dados encontrados no Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Junto à análise dos dados retirados das plataformas SCIELO, PUBMED e MEDLINE, avaliando informações sobre as principais indicações para realização destes procedimentos. A análise dos dados foi realizada mediante a leitura minuciosa dos artigos selecionados, para posterior sintetização e interpretação dos dados mais relevantes e análise epidemiológica seccional. Resultado: No período descrito, o número de procedimentos cesáreos nas cinco regiões brasileiras evidenciou diminuição durante os anos de 2015 e 2016 e progressivo aumento a partir de 2017. Os números desses procedimento em 2014 foram 662.433; em 2015; 649.596; em 2016 ; 626.630, até 2017, quando subiu para 654.101, assim como 2018 (682.141 procedimentos) e 2019 (695.407 cesárias). Os números de partos normais por outro lado sofreram diminuição. Conclusão: Dessa forma, concluímos que mesmo com esforços mundiais e nacionais para mudança desse cenário, restringindo os partos cirúrgicos apenas para casos de necessidade materno-fetal, o SUS ainda retrata a chamada “epidemia de cesarianas” em todo país.
Populações de usuários de drogas têm sido associadas a epidemias de infecções ou Infecções Sexualmente Transmissíveis, especialmente a infecção pelo HIV (que está associada a drogas injetáveis, uso de equipamentos contaminados para drogas injetáveis e sexo inseguro). A droga mais associada às DSTs é a cocaína fumável de base livre (crack), devido ao aumento dos comportamentos sexuais de risco. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo compreender o impacto do uso de drogas no aumento das infecções sexualmente transmissíveis. Para isso, adotou-se como metodologia a revisão sistemática de literatura, realizando buscas nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS/Medline a partir do uso de descritores DeCS/MeSH e aplicação de critérios de inclusão e exclusão. A partir da análise e interpretação dos dados, concluiu-se que que pessoas que fazem uso abusivo de drogas lícitas ou ilícitas, sejam elas mulheres, homens, adolescentes, jovens, adultos, idosos, em situação de rua ou não, tendem a desenvolver comportamentos vulneráveis que pode resultar em IST. Somado a isso, enquanto comportamento de risco, tem-se a preferência por não usar preservativo, seja em relações sexuais com pessoas monogâmicas como com dois ou mais parceiros. Nesses casos, tanto o uso exacerbado de drogas como a falta de informação sobre comportamento sexual demonstram-se insuficientes.
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