Resumo:OBJETIVO:analisar a Extensão Média do Enunciado-palavras (EME-p) em crianças entre os 4;00 e os 5;05.MÉTODOS:foram observadas 92 crianças portuguesas com desenvolvimento típico: 49 meninas e 43 meninos, divididas em grupos etários com 6 meses de intervalo. Foi recolhida para cada criança uma amostra de 100 enunciados produzidos em discurso espontâneo. Os enunciados foram transcritos e analisados.RESULTADOS:a EME-p variou de 4,5 a 5 palavras, aumentando com a idade. Esta progressão foi verificada anteriormente em crianças falantes de Inglês dos EUA e de Português do Brasil, embora no Português Europeu o número de palavras seja, no geral, um pouco superior. O desempenho de meninos e meninas foi idêntico. A escolaridade dos pais mostrou ter alguma influência, mas não em todos os grupos etários. Os resultados mostraram uma correlação positiva e significante com um teste formal de linguagem, tanto na compreensão, como na expressão.CONCLUSÃO:a EME-p é uma boa medida de desenvolvimento da linguagem até aos 5 anos. Os valores encontrados podem servir como referência normativa relativamente às crianças portuguesas, mas também em estudos comparativos sobre o desenvolvimento da linguagem espontânea.
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. RESUMO -O presente estudo exploratório pretende investigar as capacidades linguísticas expressivas de crianças surdas com implante coclear por meio de amostras de linguagem espontânea. Para tal, será calculada a Extensão Média do Enunciado em palavras, e analisado o uso produtivo de morfemas gramaticais. Analisou-se o discurso espontâneo de três crianças portuguesas surdas com implante coclear e de três crianças normo-ouvintes, emparelhadas caso a caso, tendo em conta a idade cronológica, o género e a escolaridade parental. As crianças surdas com implante coclear produziram em média menos 2 palavras por enunciado que as crianças normo-ouvintes. Na morfologia, as crianças com implante coclear da amostra revelaram ainda não ser capazes de produzir plurais irregulares e de usar produtivamente os morfemas flexionais nos modos conjuntivo e imperativo. Em geral, o progresso gramatical parece ser mais lento para crianças surdas com implante coclear quando comparado ao dos seus pares ouvintes. Porém, uma implantação precoce, um maior período de tempo com o implante e uma implantação bilateral parecem trazer benefícios para a linguagem expressiva nesta população. Crianças com implante coclear: implicações linguísticas Palavras-chave: implantes cocleares, linguagem, gramática.ABSTRACT -The present exploratory study aims at exploring expressive linguistics abilities of cochlear-implanted children by testing spontaneous speech samples. For this purpose, Mean Length of Utterance in words will be measured and the productive use of single grammatical morphemes will be analysed. We analysed the spontaneous speech of three deaf Portuguese children with cochlear implants and three normal-hearing children paired case by case, taking into account the chronological age, gender and parental education. Cochlear-implanted children produced on average less than 2 words per utterance than normal hearing children. In morphology, cochlear implanted children from the sample were not capable to produce irregular plural formatives and to make productive use of inflectional morphemes on main verbs for the subjunctive and imperative modes. In general, the grammatical progress seems to be slower for cochlear-implanted children when compared to their hearing peers. Nevertheless, an earlier implantation, longer implant use and a bilateral implantation seem to bring benefits for the child's spoken language.
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