O objetivo principal deste estudo foi analisar as alterações da marcha de adultos com hemiparesia após acidente vascular encefálico (AVE) e comparar com sujeitos saudáveis. A amostra foi composta por 14 participantes do grupo AVE e 14 participantes pareados do grupo-controle (CON). Foi realizada uma análise tridimensional da marcha mediante um sistema de cinemetria. Os parâmetros analisados foram a velocidade, o comprimento da passada, a largura da passada, a cadência e o tempo da passada, sendo utilizado o teste t independente para as comparações entre os grupos e considerando p < 0,05 como critério de decisão. Os participantes do grupo AVE apresentaram valores médios significantemente inferiores em todos os parâmetros analisados. Além disso, os pacientes do grupo AVE também tiveram valores muito inferiores quando comparados aos de outros estudos com pacientes pós-AVE, possivelmente devido ao curto período entre o AVE (média de 14,14 meses) e a avaliação da marcha.

Objetivo: Verificar se atividades de dupla tarefa interferem nos parâmetros cinemáticos da marcha de gestantes.Materiais e métodos: Vinte e quatro mulheres, divididas em grupo gestante e não-gestante, fizeram parte da amostra. Primeiramente, foram realizadas as tarefas simples: tarefa simples (TS) da marcha, tarefa aritmética de subtração, de fluência verbal e de leitura no telefone celular. Após, as duplas tarefas (DTs) foram realizadas, onde a marcha foi executada ao mesmo tempo de cada uma das tarefas cognitivas. As variáveis da marcha analisadas foram velocidade, cadência, comprimento da passada, largura do passo e tempo da passada. Para as interações entre as tarefas e entre os grupos foi utilizado ANOVA mista, seguido do pós-hoc de Tukey e nível de significância adotado foi p < 0,05.Resultados: Nas comparações entre as tarefas, ambos os grupos não demonstraram alterações estatisticamente significativas da marcha quando comparada as DTs com a TS da marcha. Também não foram encontradas diferenças significativas da marcha na comparação entre os grupos.Conclusões: A não influência das DTs na marcha das gestantes se justifica pela pequena quantidade destas (apenas duas) estarem no terceiro trimestre gestacional; período onde ocorrem as mais significativas alterações cognitivas e que poderiam interferir na marcha desta população.