Partindo de uma leitura que se baseia em quatro autores brasileiros, este trabalho problematiza e verifica posições teóricas acerca do fenômeno toxicomaníaco e levanta a hipótese de que é possível, com o discurso do analista, em certo contexto e a partir de certas condições, apontar a toxicomania como equivalente ao sintoma no discurso da histérica, o que abre vias para a construção de uma clínica em que prevaleça a aposta no desejo do analista. Ao retomar as referências freudianas quanto à equivalência da droga com o discurso religioso e suas funções de entorpecimento, verificase uma possível sustentação metafórica, necessária para qualquer formação de sintoma. Por outro lado, ao retomar as referências de Lacan quanto ao discurso do capitalista como o discurso do mestre contemporâneo, a questão é de sustentar a possibilidade de a droga fazer obstáculo ao livre funcionamento do gozo do mestre nesse discurso.
A partir da interrogação da intersecção entre psicanálise e adolescência, que aqui se sustenta fundamentalmente na clínica, esse texto lança o produto de uma pesquisa iniciada há pelo menos vinte anos, estabelecendo seus eixos fundamentais: a adolescência é uma escolha do sujeito que ele paga com o desligamento da autoridade dos pais, conforme a expressão freudiana de 1905, e que pressupõe a castração. Nessa medida, questiona-se a relação adolescência e psicose. O texto explora ainda os possíveis franqueamentos de um sujeito adolescente, tomando como exemplo a personagem de Melchior na peça de Frank Wedekind e a paciente George, de Charles Sarnoff.
Resumo: Este artigo retoma três perguntas lançadas por Freud em 1927, no seu excepcional texto intitulado "Fetichismo", para repensá-las a partir do ensino de Lacan dos anos 1970, conhecido como o campo do gozo. O artigo se serve das fórmulas quânticas da sexuação, para verificar a evidenciação lógica "a relação sexual não existe" na posição sexuada que um sujeito pode ocupar com seus parceiros nas estruturas neurótica e perversa. Interrogamos algumas variantes do sujeito com seu parceiro no gozo e no desejo. Para tanto, retomamos os três tipos de gozo verificados por Lacan na relação do sujeito com o parceiro na posição sexuada: o gozo feminino -também chamado de suplementar e gozo Outro -, o gozo místico e o gozo perverso. Revisitam-se os casos trabalhados por Lacan para questionar o que distingue fundamentalmente o neurótico do perverso, ou seja, retomando as questões introduzidas por Freud.Palavras-chave: Sexuação. Desejo. Gozo. Neurose. Perversão. IntroduçãoEm 1927, no texto que intitulou "Fetichismo", Freud lançou três perguntas: "por que alguns [homens] se tornam homossexuais em consequência do horror da castração? Por que outros se defendem do horror da castração criando um fetiche? Por que a imensa maioria supera o horror da castração?" (Freud, 1927
Este artigo apresenta uma elaboração teórica de supervisão em CAPS, articulando duas experiências geograficamente distantes e levantando questões sobre essas supervisões sob orientação psicanalítica e conforme as diretrizes da política de saúde mental vigente no País. Após correlacioná-las com dados colhidos na literatura, discutem-se as principais contribuições no percurso dessas supervisões: a disponibilização de um espaço de fala, possibilitado a todos os seus participantes, um processo metodológico de construção e de sistematização dos saberes, maior entrosamento e autonomia das equipes e iniciativas de articulação em rede com o território na construção do projeto terapêutico do usuário. Visa-se, com isso, a uma contribuição possível da psicanálise ao campo da saúde mental na perspectiva da atenção psicossocial.
A partir de um breve histórico de dispositivos clínicos utilizados no campo da saúde mental, discute-se a prática do Acompanhamento Terapêutico. Tal discussão se instrumentaliza da transferência, como conceito psicanalítico. Levantamos as hipóteses de que nesse trabalho realizado cotidianamente fora dos moldes do consultório, a fala de um usuário instiga a uma articulação entre teoria e prática e que a própria psicanálise pode dela adquirir um novo saber fazer clínico.
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