Instituições de ensino mudam as estratégias de ensino para melhorar a apreensão e a compreensão dos conteúdos pelos alunos. A maioria almeja que o aluno protagonize seu aprendizado e procuram abandonar a clássica exposição verbal pelo professor. Esse artigo aborda uma estratégia de ensino híbrida, inspirada na sala de aula invertida (ou Flipped Classroom), buscando o protagonismo do aluno, mas concentrando-se no tempo destinado à aula. A estratégia “Aprenda em sala de aula” foi aplicada em 2013 na disciplina de Biologia Celular II da Universidade Estadual de Campinas e testou duas hipóteses: (1) o tempo necessário para a transmissão dos conceitos principais de uma dada matéria pode ser bastante reduzido; (2) dado o tempo necessário e oportunidades, atinge-se excelente participação dos alunos, atendendo, inclusive, a grande diversidade de perfis existente nas salas de aula. Aqui apresentamos a estratégia, resultados de sua avaliação e os aspectos positivos e negativos desta estratégia.
Cientes das dificuldades encontradas no aprendizado da meiose e procurando melhorar as condições de ensino, desenvolvemos uma prática pedagógica voltada para auxiliar na compreensão de algumas etapas da meiose. Foi desenvolvido um modelo tridimensional para o ensino da divisão celular que permitisse o desenvolvimento desse processo de forma visual e manipulável a fim de que os estudantes tivessem a possibilidade de participarem mais eficientemente e esclarecessem com mais propriedade as questões a respeito do processo básico da formação dos gametas. O modelo tridimensional para o ensino simula a duplicação do DNA e as fases da meiose e permite amplas discussões e associações com assuntos relacionados ao tema de modo reflexivo e crítico.
Resumo: Além de exigir enorme abstração, o ensino da Biologia Celular envolve temas complexos como a meiose. As implicações para o aprendizado são imensas, pois vários conteúdos de outras disciplinas, assim como aplicações tecnológicas, dependem desse conhecimento. Utilizamos dois instrumentos de avaliação para mapear o aprendizado da meiose em quatro cursos de graduação. O primeiro foi idealizado para medir o nível de conhecimento que os alunos trazem do Ensino Médio e o segundo, para avaliar o aprofundamento do aprendizado que acontece com a aula de meiose nos quatro cursos. Os dois instrumentos de avaliação revelam diferenças marcantes entre os diferentes cursos e apontam dificuldades associadas ao aprendizado da meiose, convergindo a aspectos relevantes que podem auxiliar na exploração dos conteúdos em aulas, como a quantificação da variabilidade gênica, não compreendida pela grande maioria dos alunos.
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