Dentre a diversidade de alunos no contexto escolar, há aqueles que ainda possuem pouca identificação na sala de aula regular, incluindo a Dupla Excepcionalidade (DE), ou seja, a Síndrome de Asperger (SA) e as Altas Habilidades (AH). Devido a lacunas na formação inicial e continuada dos professores que os capacitem a reconhecer as características de talentos humanos específicos, o maior prejudicado nessa situação é o aluno. Pesquisa qualitativa onde o objeto pesquisado é a trajetória do aluno XD (nome fictício) no ambiente escolar. O tipo de estudo é o estudo de caso único, o que coloca o caso como foco da pesquisa. A Avaliação Médica mostrou uma posição claramente acima da média na capacidade intelectual e uma média acima do esperado para a idade e escolaridade, com percentil igual ou superior a 40% para um grupo da mesma faixa etária; seu desenvolvimento cognitivo apresentava algumas distorções com atrasos, sendo seu desempenho acadêmico prejudicado devido a limitações nas interações sociais, além de bloqueios severos em relação ao meio ambiente, com reações à pressão, ansiedade, sentimentos inadequados, que o tornavam altamente apegado à sua imaginação e fantasia, trazendo a sensação de um mundo perigoso, incerto, rígido, inflexível. Nesse caso, a comunicação aumentou à medida que a confiança foi estabelecida e foi possível perceber o conjunto de experiências do sujeito do relato a partir do estímulo de um jogo, pois a ludicidade teve um papel positivo nesse processo atrelado às dificuldades. A habilidade de comunicação oral foi estimulada com gamificação e representação gráfica, estimulada pelo interesse pela língua inglesa. A parceria com uma instituição com projeto de gamificação e robótica facilitou muito o desenvolvimento do XD como indivíduo na sociedade, estreitando laços, afirmando confiança e abrindo novos horizontes profissionais. Um ator particular, o Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico, e a colaboração de toda a comunidade escolar alavancaram e sustentaram a inclusão educacional do XD.

Dupla Excepcionalidade (DE) é a denominação dada a pessoas que junto com uma deficiência, síndrome ou transtorno, apresentam altas habilidades ou superdotação (AHSD). Algumas vezes as limitações ou deficiências podem “esconder” certas competências, potencialidades e especificidades, ofuscando ou impedindo o reconhecimento de AHSD, o que deve ser feito já nos primeiros anos escolares [1]...

A educação no meio hospitalar envolve a atuação compartilhada de profissionais das áreas de pedagogia e da saúde, tais como, psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos e enfermeiros, cada um a seu modo buscando integrar as necessidades de atenção em saúde da criança ou do adolescente hospitalizado por longos períodos e, assim, impedido de frequentar a escola regular, formalmente instituída [...]