O estudo teve por objetivo caracterizar as ações e atividades voltadas para a reinserção social de dependentes químicos residentes em comunidades terapêuticas. Foram avaliadas 43 comunidades, localizadas no estado de Goiás, com a utilização de um questionário semiestruturado. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e os resultados apontaram que essas comunidades apresentam mecanismos de preparo do residente para a alta terapêutica e encaminhamento ao mercado de trabalho. Entretanto, desenvolvem poucas atividades para a inserção no mercado de trabalho. O envolvimento da família no tratamento dos residentes é estimulado com visitas e atividades conjuntas. Conclui-se que embora o trabalho das comunidades seja relevante, ainda carece de ajuda de políticas públicas de assistência social que contribuam com a reinserção desses indivíduos na sociedade.
O uso de droga é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. Para o auxílio no tratamento aos dependentes químicos existem no Brasil alguns serviços, dentre eles se encontram as comunidades terapêuticas que são instituições não governamentais que devem funcionar de forma articulada com a atenção básica de saúde e com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O objetivo deste estudo foi analisar o relacionamento entre as Comunidades Terapêuticas com os serviços de atenção à saúde. Foram pesquisadas 43 comunidades localizadas no município de Goiânia-GO, sua região metropolitana e também a cidade de Anápolis-GO. O trabalho de campo foi realizado por meio da aplicação do questionário. Todas as comunidades visitadas faziam uso do Sistema Único de Saúde (SUS) e, na contramão desse constante uso, identificou-se que não há uma relação efetiva entre as comunidades e os CAPS. As comunidades possuem o direito e o dever de proporcionar aos residentes o acesso ao SUS garantidos por lei. Já o CAPS como instituição de serviço voltado para o tratamento e reinserção social dos usuários de drogas serviria como um pilar, juntamente, com as comunidades no auxílio ao dependente químico. A relação entre os serviços de saúde e as comunidades pesquisadas se apresenta, em princípio, a favor dos dependentes químicos. No entanto, há a necessidade de haver uma maior interlocução entre os serviços de saúde, principalmente os CAPS e as comunidades visando a reabilitação integral dos residentes.
Objetivo: compreender os processos e estratégias de triagem, acolhimento e adaptação de indivíduos dependentes de drogas em comunidades terapêuticas. Métodos: trata-se de um estudo transversal descritivo com abordagem qualitativa e exploratória com 43 comunidades terapêuticas que atendem dependentes de álcool e outras drogas e que estão localizadas no município de Goiânia, região metropolitana e cidade de Anápolis. Foram analisadas variáveis constantes de um questionário semiestruturado. As categorias explicativas que emergiram da análise foram: 1) A triagem antes de entrar na comunidade; 2) A adaptação dentro das comunidades terapêuticas; 3) A rotina diária dentro das comunidades terapêuticas. Resultados: Observou-se que no processo de triagem as comunidades investigadas priorizam pela vontade do indivíduo em detrimento das internações compulsórias, objetivando o sucesso terapêutico. Quanto ao processo de adaptação, notou-se que, apesar de algumas variações, todas as entidades pesquisadas reconhecem a necessidade de abordar o período de maneira adequada e acolhedora. Finalizado o período estipulado para a adaptação, os residentes começam a vivenciar de maneira mais intensa a rotina diária da comunidade, bem como suas respectivas normas. Conclusão: A análise das entrevistas possibilitou compreender os impactos desses três processos iniciais na vida do dependente que está buscando um tratamento para sua doença. O entendimento desse fenômeno, especificamente relacionado às comunidades auxilia em uma melhor qualificação desses processos de recebimento do indivíduo, desde o momento em que ele chega à comunidade até sua completa adaptação a rotina estabelecida pela entidade.
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