Introdução: Caracterizada pela complexidade de tratamento, a demanda de medicamentos na UTI é grande e está correlacionada proporcionalmente ao tempo de internação. O profissional Farmacêutico na UTI diminui em 66% dos eventos adversos evitáveis. Objetivo: Analisar as interações medicamentosas (IMP) das prescrições médicas de pacientes hospitalizados em UTI a fim fornecer subsídios qualitativos e quantitativos ao aprimoramento das intervenções farmacêuticas e melhorias na farmacoterapia de pacientes em cuidado crítico. Métodos: Estudo transversal realizado no período de maio a julho de 2018 foram incluídos no estudo, após realizado cálculo amostral, 140 pacientes maiores de 18 anos, internados na UTI. Resultados: Foram encontradas 715 IMP em 128 (91,4%) pacientes, agrupadas em 233 valores exclusivos. Do número total de IMP, 16 (2,2%) eram contraindicadas, 485 (67,8%) graves, 184 (25,7%) moderadas e 30 (4,2%) menores. A maioria destes pacientes 109 (85,2%) possuíam mais que uma IMP, sendo a mínima de 1 (0,1%) e máxima de 40 (5,6%). A média de IMP foi de 5,8 (±6,1) por paciente. Conclusões: Observou-se que há uma grande prevalência de interações medicamentosas em prescrições de 91,4% dos pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva, logo, torna-se relevante e útil a implantação de um serviço de Farmácia Clínica neste setor, ressaltando a necessidade do profissional farmacêutico presente de forma ativa na equipe multidisciplinar, proporcionando grandes benefícios na efetividade e segurança na farmacoterapia do paciente e na redução de custos com desfechos negativos associados a medicamentos.
Objetivo: Descrever o perfil dos erros de dispensação identificados através da instituição da conferência de tiras de medicamentos pelo farmacêutico hospitalar, e quantificar as discrepâncias geradas pelo indicador, em um hospital de alta complexidade do Estado do Paraná, no ano de 2015. Método: Estudo transversal e retrospectivo dos erros de dispensação que foram evitados pelo farmacêutico. Uma vez identificadas, as discrepâncias foram classificadas e contabilizadas, gerando um indicador do processo de trabalho (número de erros evitados/número de tiras dispensadas x 100). Posteriormente, fora realizada uma Análise de Pareto, a fim de priorizar ações de resolução de problemas. Resultados: Obteve-se um total de 27.980 prescrições, as quais originaram 48.451 tiras de medicamentos, no período estudado. Os erros de dispensação encontrados durante a conferência das tiras pelo farmacêutico somaram 1.453. O índice de erros de dispensação foi de 3 erros a cada 100 tiras. Os erros que ocorreram com maior frequência foram falta de medicamento prescrito e troca de horário do medicamento, representando juntos 61% da totalidade dos erros, sendo os mesmos erros identificados na análise no Diagrama de Pareto, como os principais alvos de intervenção na melhoria dos processos. Conclusão: A ocorrência de erros encontrada através do indicador “Índice de Erros de Dispensação” foi considerada baixa, frente aos dados encontrados na literatura. Através da Análise de Pareto, foi possível identificar os erros mais frequentes, para posterior planejamento de ações de melhoria, com vistas ao aumento da segurança do paciente.
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