RESUMOEste artigo propõe-se a apresentar um panorama das políticas educacionais para surdos, desde a década de 1990, demarcando as inúmeras disputas ideológicas que influenciaram diretamente os campos da política linguística e das políticas de educação inclusiva para esse grupo de estudantes. Assumimos como elemento determinante de análise a gestão pública das línguas adotadas na educação de surdos para avaliar a efetividade das políticas de educação inclusiva, considerando que a complexa situação de bilinguismo dos surdos está diluída ao, não menos complexo, processo de inclusão de pessoas com deficiência na escola comum. Assim, demonstramos que há um desvio de foco (derivado de um desvio na concepção de sujeito surdo) no conjunto de textos oficiais que constituem as diretrizes filosóficas e legais para a educação desses estudantes, cujo impacto central é não assegurar o direito à língua de sinais brasileira (Libras) como língua materna na infância, conforme reivindicam os movimentos surdos e está assegurado na letra da lei. Aponta-se a política linguística como uma variável determinante no debate da conjuntura nacional da educação de surdos brasileiros, ainda que nem sempre a ela seja dada centralidade pelo poder público, na atualidade. Ao analisar a política linguística refletida no percurso histórico da educação de surdos, realizamos uma análise crítica sobre os avanços e dificuldades no processo de escolarização (dito) bilíngue de surdos no contexto da educação (dita) inclusiva.Palavras-chave: políticas de educação inclusiva; política linguística; educação bilíngue para surdos.
The Deaf use Sign Language for intellectual development, communication and other language dependent tasks, including the learning of the oral language in which they are immersed. However, Deaf children should no longer be expected to access academic learning using the oral language [1][4][6]. Rather they need to have access to a writing system in/for Sign Language. Writing systems (sequence of characters to represent a language) store and retrieve vital information for literature, science, knowledge creation, information dissemination, communication etc. SignWriting is a writing system deemed adequate to the spatial-visual nature of Sign Languages. However, the existing learning methodologies and computational technologies fail to help the Deaf (they lack usability, and/or are one-toone translation from the oral language etc.). This article proposes a new, more natural approach: that of using screen and stylus, in context. It also presents a framework with which to develop tools for written literacy in Sign Language.
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