A mobilidade estudantil e o investimento económico dos empresários chineses em Portugal têm vindo a refletir-se no interesse pelo estudo da língua portuguesa por sinofalantes, verificando-se, igualmente, uma crescente motivação pela aprendizagem do mandarim em território português. Hoje, um grande número de universidades aposta no ensino do português na China, multiplicando-se os protocolos estabelecidos entre instituições universitárias dos dois países. As publicações em português, com vertente pedagógica, dirigidas ao público chinês começam a surgir no mercado, ao mesmo tempo que a procura por serviços de tradução especializada aumenta. Neste contexto, procede-se ao enquadramento teórico das políticas de língua europeias e portuguesas, a fim de caracterizar o contexto do ensino-aprendizagem de língua portuguesa a estrangeiros. Defende-se o reforço das políticas linguísticas educativas, mediante a criação de documentos orientadores para o ensino de língua para fins específicos e académicos, bem como a elaboração e disponibilização de recursos linguísticos que vão de encontro às necessidades de estudantes e profissionais estrangeiros, em particular o público sinofalante. Tendo como base estudos realizados no âmbito da comunicação e da gestão intercultural, é apresentada uma análise sobre as repercussões que podem advir de modelos relacionais e negociais distintos, com especial ênfase para o contexto empresarial chinês e português.
Neste artigo são discutidos os pressupostos epistemológicos subjacentes ao tratamento da definição, enquanto atividade e resultado, considerando os pontos principais em destaque nas diferentes teorias desde a Antiguidade Clássica à contemporaneidade: a entidade a definir, a definição de definição e suas tipologias, métodos e regras de formulação de boas definições, bem como os seus limites. Para tal, torna-se necessário recuar até aos primeiros questionamentos sobre a definição, refletir sobre o seu desenvolvimento ao longo do tempo e o modo como os referidos aspetos se espelham nas ciências do léxico e na terminologia, em particular, como estas os incorporaram nas suas práticas, ressaltando o papel central da definição em língua natural no contexto científico.
Instigada pelos fluxos migratórios e pela mobilidade estudantil no ensino superior, a diversidade linguística é atualmente uma realidade nas instituições de ensino portuguesas. Neste contexto, o Português para Fins Específicos e Académicos assume-se mais do que nunca como uma necessidade por parte de estudantes universitários e profissionais estrangeiros. De facto, a importância das línguas para fins específicos no âmbito do ensino de língua estrangeira é já reconhecida desde os anos 1960 com o advento do movimento do Inglês para Fins Específicos, tendo como base a análise das necessidades do público aprendente. Neste sentido, os documentos orientadores de ensino-aprendizagem de língua estrangeira europeus e nacionais não poderiam deixar de contemplar o Português para Fins Específicos. A questão que se coloca é se a língua para fins específicos tem o reconhecimento devido na atualidade, pretendendo-se analisar o seu estatuto nos guias orientadores e respetivas repercussões para o ensino de Português Língua Estrangeira. Na verdade, verifica-se que o crescimento do interesse pelo Português para Fins Específicos contrasta com um investimento insuficiente no desenvolvimento desta área, quer em Portugal, quer no Brasil. Outro intuito desta investigação é revelar os contributos da linguística para o ensino de Português para Fins Específicos e para a criação de materiais e recursos linguísticos que apoiem a sua aprendizagem e disseminação.
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