Resumo: O semiárido brasileiro possui sua capacidade produtiva limitada, por causa das características intrínsecas em relação à vegetação, clima e solo. A cobertura do solo uma prática recomendada para essas regiões, ao formar barreiras, favorecer a infiltração, proporcionando um melhor aproveitamento da água da chuva, e contribui para o desenvolvimento das culturas, ao reduzir a perda de água. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes tipos de cobertura vegetal na superfície do solo para manutenção do teor de água, bem como no cultivo da cultura do milho (Zea mays L.). O cultivo foi desenvolvido no semiárido pernambucano, sob chuva natural, durante o ciclo do milho, no período de abril a julho de 2011. Os resultados obtidos demonstram que o tipo de cobertura do solo influenciou no desenvolvimento do milho, ao minimizar os efeitos oriundos do estresse hídrico, favorecendo um melhor aproveitamento da água da chuva.Palavras-chave: umidade, barramento, sequeiro. INTRODUÇÃOEm todo território brasileiro, o milho (Zea mays L.) é cultivado, destacando-se das demais por ocupar uma das maiores áreas cultivadas do país, perdendo somente para a soja, que ocupa 45% da área total, ou seja, 20,7 milhões de hectares; em seguida tem-se o milho, com 29,6% ou seja, 13,6 milhões de hectares CONAB (2007). O milho é uma cultura que pode ter sua produção comprometida, devido suas exigências hídricas. Para produzir alimentos nestas regiões, é necessária a utilização de práticas apropriadas de uso e gestão dos recursos hídricos.Segundo Brito et al. (2012), a água é fator limitante na região, tanto para o consumo das famílias e dos animais como para produção de alimentos. Além disso, os sistemas de exploração agropecuários utilizados pelos pequenos agricultores sobrevivem em equilíbrio precário com os sistemas agroecológicos e socioeconômicos. O fenômeno que caracteriza esse desequilíbrio está associado, principalmente, à irregularidade pluviométrica, o que torna a agricultura de sequeiro uma atividade de alto risco. Com isso, semiárido brasileiro possui sua capacidade produtiva limitada, por causa das características intrínsecas em relação à vegetação, clima e solo. A maior parte dessa chuva não é aproveitada em todo o seu potencial, pois mesmo existindo barreiros e açudes no Nordeste, cerca de 36 bilhões de m 3 se perdem anualmente pelo escoamento superficial (Cavalcante & Resende, 2001).Com a distribuição irregular da precipitação, ocorre a concentração de eventos erosivos em determinadas épocas do ano, que tem como consequência a perda de água, devido ao processo de enxurrada, além de problemas para as terras cultiváveis, com a perda de nutrientes do solo e a limitação da agricultura de sequeiro. Essas perdas por erosão continuam sendo elevadas, uma vez que, a maioria dos agricultores não utiliza técnicas de manejo e conservação adequadas ao solo (Oliveira et al., 2010). No semiárido pernambucano, as bacias hidrográficas rurais comumente são exploradas com a agricultura de sequeiro, nas encostas, durante o pe...
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