OBJETIVO: Avaliar as habilidades pragmáticas de um grupo de crianças deficientes auditivas e compará-las a seus pares normo-ouvintes. MÉTODOS: Estudo de casos e controles composto por 32 crianças de ambos os gêneros com idades entre dois e seis anos. Dentre estas, 16 deficientes auditivas de grau moderadamente severo a profundo sem outros comprometimentos orgânicos (casos) e 16 crianças normo-ouvintes sem queixas fonoaudiológicas (controle) pareadas por idade. A avaliação e a análise da pragmática foram realizadas a partir do Teste ABFW-Pragmática, seguindo as instruções do protocolo. RESULTADOS: A média de idade das crianças estudadas foi quatro anos (DP=1,3); houve diferença significativa em relação ao número de atos comunicativos por minuto entre casos e controles (p=0,001). As crianças deficientes auditivas apresentaram menos iniciativas comunicativas do que as crianças normo-ouvintes e o meio comunicativo gestual foi utilizado por 13 (81, 3%) destas e por cinco (32,2%) das crianças normo-ouvintes (p=0,004). Não houve diferença entre os grupos em relação às intenções comunicativas (p=0,465). CONCLUSÃO: As crianças deficientes auditivas foram capazes de interagir em situações contextualizadas utilizando-se de funções comunicativas semelhantes às das ouvintes, e se diferiram destas quanto ao meio comunicativo mais utilizado.
TEMA: crianças deficientes auditivas não adquirem linguagem no mesmo período e velocidade de uma criança normo-ouvinte, pois o aprendizado da linguagem oral é um evento essencialmente auditivo. O desenvolvimento da criança consiste na aquisição progressiva de habilidades motoras e psicocognitivas, e a entrada no mundo simbólico é fator preponderante para que a criança possa atingir os níveis de maior complexidade no domínio da linguagem. OBJETIVO: relacionar o jogo simbólico e aspectos do desenvolvimento infantil em crianças deficientes auditivas com seus pares ouvintes. MÉTODO: 32 crianças, de ambos os sexos, de 2 a 6 anos de idade, pareadas por idade, foram submetidas à Avaliação da Maturidade Simbólica e ao Teste de Triagem do Desenvolvimento de Denver II, sendo 16 deficientes auditivas neurossensorial de grau moderado a profundo (grupo pesquisa - GP) e 16 normo-ouvintes (grupo controle - GC). RESULTADOS: observou-se simbolismo na brincadeira de 81,25% do GP, enquanto que no GC isto ocorreu em 87,5%. No Teste de Denver II 100% do GP foi classificado como risco, e o GC apresentou 94% de crianças normais e 6% de risco (p < 0,001). CONCLUSÃO: observou-se desempenho semelhante nos dois grupos quanto ao jogo simbólico. Entretanto, numa análise qualitativa, o GP apresentou brincadeiras menos complexas que o GC. Observou-se que o GP apresentou desempenho no jogo simbólico compatível ao seu desempenho nos aspectos pessoal-social, motor fino-adaptativo e motor grosseiro do Teste de Denver II.
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