Este trabalho tem por objetivo realizar uma averiguação inicial acerca das principais características que conformam o que pode ser entendido como processo de “neoliberação” das estruturas sociais. Para tanto, usaremos como marco inicial a relação conflituosa entre a ordem econômica e os movimentos de resistência feminista, após o episódio francês maio de 1968. A partir de uma revisão bibliográfica sobre tema do neoliberalismo, abordarei análises psicológicas a respeito do que vem a ser percebido como uma nova narrativa de autogestão disciplinar. A governança neoliberal passará a ser descrita por um conjunto de práticas discursivas, capaz de expressar o incremento de uma governabilidade que reforçaria o modo de gestão econômica como um instrumento de gestão social. Esse fenômeno guia práticas políticas e internaliza valores de mercado dentro das democracias globais. Pretende-se explorar a conexão entre abordagens: econômicas; políticas; e de gênero, essencialmente centrais para se refletir sobre as investidas de poder nas sociedades neoliberais do “hiperdesempenho”, aplicadas ao futuro. Onde as relações de produtividade se estabelecem de forma diferente, em razão dos múltiplos papéis funcionais esperados das mulheres. A presente pesquisa irá se restringir a discussão de questões teóricas, sem perder de vista a potencialidade de reflexões sobre os mais diversos tipos de violência que essas relações costumam avançar.
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