metacognitiva. A partir do questionamento da tradição que separa os saberes escolares, compusemos um ciclo de atividades que integra língua portuguesa, literatura, ciência e artes. Os materiais propostos para o projeto, provenientes de mídias diversas, são o conto "O último hippie", de Oliver Sacks, o filme "A música nunca parou", produzido a partir da transposição midiática do referido texto, livros e revistas de divulgação científica, além de materiais de áudio. Por meio da promoção de estratégias metacognitivas, os alunos são incentivados a monitorarem seu próprio aprendizado, visando a atingir os objetivos das atividades propostas. Acreditamos que o trabalho com a intermidialidade pode constituir uma ferramenta para o desenvolvimento de estratégias metacognitivas, no sentido de que o contato do aluno com diferentes produtos midiáticos pode auxiliá-lo no reconhecimento dos melhores canais para sua aprendizagem.
Este artigo empreende uma reflexão a partir de uma atividade pautada em uma estratégia didática sobre crenças e atitudes linguísticas, desenvolvida com estudantes de Licenciatura em Letras, com intuito fomentar o pensamento crítico sobre a língua. Pensar a língua criticamente constitui competência fundamental para o professor de língua portuguesa que almeja contribuir para a formação de uma sociedade que pense sua língua de modo mais criterioso, com menor consideração a critérios valorativos e a representações linguísticas estereotipadas. Os participantes da atividade que deu origem às reflexões apresentadas neste artigo foram 22 estudantes de Licenciatura em Letras, os quais foram convidados a assistir à comédia dramática “Domésticas, o filme” e a responder um questionário de atitudes linguísticas sobre as personagens retratadas na trama. O inquérito sobre atitudes linguísticas indicou que o grupo pesquisado consegue estabelecer relação entre critérios extralinguísticos e variação linguística; por outro lado, não foi possível afirmar, com base nas respostas, que os participantes rejeitam a ideia de identidade entre o estereótipo linguístico e o grupo retratado por esse estereótipo. Os resultados do teste de atitudes geraram reflexões, que são tema do presente artigo e que foram transformadas em tópicos para uma roda de conversa com os participantes, a qual visou promover uma reflexão crítica acerca de crenças estereotipadas, atitudes e preconceitos linguísticos.
Esta resenha visa a apresentar e comentar três pesquisas reunidas na mesa-redonda intitulada “O corpo na gramática: gestos na construção dos sentidos”. Os referidos estudos possuem como interesse comum a dimensão corporal da linguagem como meio de produção de sentidos. São três as abordagens trazidas pelos pesquisadores: (1) uma de cunho sociolinguístico, (2) outra de feição cognitivo-interacionista e intercultural e, por fim, (3) uma terceira, relacionada à variação intracultural de gestos emblemáticos. A utilização de tecnologias para sanar problemas até então tratados marginalmente no âmbito da ciência linguística também constitui ponto de intersecção entre os trabalhos aqui expostos. Espera-se que a presente resenha possa motivar o leitor a buscar maiores informações sobre as pesquisas analisadas neste espaço.
O presente estudo discute o estatuto da noção de norma dentro dos estudos linguísticos e apresenta seu papel na formulação do conceito de sistema heterogêneo, conceito este de fundamental importância para a compreensão dos fenômenos variáveis. Em um segundo momento da pesquisa, realizou-se um estudo empírico com oito estudantes de Letras de uma universidade federal do extremo sul do Brasil, com o intuito de verificar a compreensão destes estudantes acerca da variação linguística. Os resultados indicaram que os alunos são hábeis em detectar casos de variação, porém há indícios de que não chegam a uma compreensão real do que seja o fenômeno variável, uma vez que associam variação apenas a variantes que fogem ao padrão. Tal visão, que escamoteia o papel de competição entre variantes dentro de um sistema, indica que os estudantes não chegam a uma real compreensão do que é um sistema heterogêneo e de suas consequências para a língua. Neste contexto, a discussão sobre o conceito de norma pode ser uma ferramenta útil na formação inicial de futuros professores de línguas.
A compreensão leitora depende de elementos relacionados ao texto, ao autor e ao leitor. Além de conhecimento linguístico e conhecimento de mundo, o aparato cognitivo do indivíduo assume vital importância no processo de leitura. A memória é um componente cognitivo de fundamental importância para a aprendizagem e ao qual pesquisadores têm dedicado muitos estudos. Porém, a memória é um componente que depende da atenção para a sua formação e sofre grande influência das emoções. Atenção e emoções, por sua vez, apresentam uma inter-relação bastante estreita, na medida em que as emoções podem influenciar o foco atencional. São apresentados neste artigo três fatores apontados pela literatura que podem modular a relação entre atenção e emoções — a saber, a relevância de estímulos distratores, a motivação e as características individuais dos sujeitos — e , na sequência, discute-se de que modo a conjugação destes elementos pode beneficiar o professor no planejamento do ensino da leitura.
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