Objetivo: compreender os significados e experiências de mulheres que vivenciaram o parto domiciliar planejado assistido por enfermeira obstétrica e a motivação (das mulheres) para essa escolha. Metodologia: estudo qualitativo, exploratório e descritivo, com 16 mulheres, realizado por meio de entrevista semiestruturada e analisado pelos pressupostos da análise temática de conteúdo. Resultados: as mulheres vivenciaram o parto com tranquilidade, autonomia e respeito, escolheram as posições e as pessoas de sua preferência. O parto teve significado de vitória e de libertação, cuja experiência foi descrita como inesquecível, fantástica, intensa e protagonizada pela mulher. O descontentamento com o modelo de assistência vigente, a participação em grupo de gestantes, o acesso a informações e a vivência de violência obstétrica anterior motivaram as mulheres a optarem pelo parto domiciliar. Considerações finais: as experiências das mulheres convergem para o exercício da autonomia e respeito à individualidade. Evidencia-se o protagonismo das mulheres que vivenciaram um parto natural e livre de intervenções. A assistência obstétrica foi centrada nas necessidades da parturiente, proporcionou confiança, segurança, tranquilidade e respeito às suas escolhas. Aponta-se a necessidade de ampliar a assistência ao parto por enfermeiras obstétricas às mulheres que desejam o parto domiciliar planejado. Políticas públicas de assistência ao parto podem viabilizar isso.
Objetivo: identificar as repercussões da pandemia da COVID-19 na assistência à parturiente pelo olhar da enfermagem. Método: pesquisa qualitativa com profissionais de enfermagem atuantes em centro obstétrico de um hospital-escola do Paraná, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, por WhatsApp, entre maio e julho de 2020, com análise de conteúdo temática. Resultados: evidenciaram-se mudanças no fluxo de atendimento obstétrico, com ambiente exclusivo para gestantes com suspeita de infecção viral, e influência na via de parto. Houve retrocessos na assistência obstétrica, dificuldades no acesso a informações sobre o parto e nascimento devido à suspensão dos grupos de gestantes. A ausência do acompanhante no período parturitivo comprometeu o estado emocional das parturientes e elevou os sentimentos de ansiedade, tristeza e insegurança das mulheres. Para suporte emocional às parturientes, foram utilizadas estratégias para a aproximação da família, como o uso de chamadas por vídeo do celular. Os profissionais de enfermagem realizaram um cuidado sensível e empático, embora com aumento da demanda de trabalho e cercados de medo da contaminação viral. Considerações finais: Adequações institucionais foram realizadas, novas demandas de assistência precisaram ser atendidas pelos profissionais de enfermagem, concomitante ao retrocesso de outras, aumentando os desafios para planejar e realizar a assistência à parturiente.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.