O morango (Fragaria × ananassa) é uma cultura cultivada em todo o mundo, alcançando cerca de 372.000 hectares (ha), sendo no Brasil utilizado 390ha para cultivo com rendimento de 8.926,8 kg/ha. Dentre as doenças fúngicas o mofo cinzento, ocasionado pelo patógeno Botrytis cinerea, é considerado de maior importância na pós colheita do morango. Essas recorrentes deteriorações pós-colheita influenciam na comercialização e preço do produto. Para o controle do B. cinerea muitas vezes são necessárias repetidas pulverizações de fungicidas. Assim, como alternativa, o controle utilizando óleos essenciais (OEs) pode fornecer benefícios ao substituir ou complementar os fungicidas. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficácia dos OEs de cedro, canela, menta e alecrim contra B. cinerea. O experimento foi realizado in vitro e conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 4 (óleo x concentração), com três repetições, avaliado em triplicata. Foram utilizados OEs de Cedrus atlantica (Cedro Atlas), Cinnamomum cassia (Canela), Mentha piperita (Menta Piperita), e Rosmarinus officinalis (Alecrim). Para os testesde suscetibilidade de B. cinerea aos OEs foi feita a inoculação do fungo em ágar BDA contendo cada óleo nas concentrações de 0,1, 0,2, 0,4 e 0,8%, seguido da incubação em BOD à 24ºC. As medições do diâmetro das colônias foram realizadas a cada 48 horas durante 10 dias. Os valores obtidos foram utilizados para o cálculo da porcentagem de inibição do crescimento micelial (PIC). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias relativas aos diferentes tipos de OEs foram comparadas pelo teste Scott-Knott (p<0,05) e as médias relativas as diferentes concentrações dos OEs foram submetidas a análise de regressão utilizando o software R. A análise de variância demonstrou que houve efeito significativo (p< 0,05) da interação óleo x concentração sobre a variável PIC. Considerando a média geral, os valores de PIC foram de 68% para cedro, 74% para alecrim, 93% para canela e 94% para menta. Para os OEs cedro, canela e menta, o aumento da concentração não resultou em diferença significativa na porcentagem de inibição sobre o crescimento do fungo, sendo todas as concentrações consideradas fungitóxicas. Já o óleo essencial (OE) de alecrim, à medida que se aumentou a concentração, houve aumento na porcentagem de inibição. Para a concentração 0,1% os OEs de canela e menta apresentaram maior PIC que alecrim e cedro. Na concentração 0,4% de canela, menta e alecrim obteve-se PIC superior ao cedro, enquanto que nas concentrações 0,2 e 0,8% não houve diferença significativa de PIC entre os OEs. O estudo demonstrou que todos os OEs testados possuem atividade antifúngica contra B. cinerea, contudo, os OEs de menta e canela, nas condições propostas neste estudo, demonstraram ser a alternativa mais promissora, para estudos visando aplicações in vivo.
A produção de soja está entre as atividades agrícolas que apresentaram os maiorescrescimentos econômicos nas últimas décadas. No entanto a produção desta cultura vemsofrendo perdas devido a ocorrência de várias doenças foliares, dentre elas podemos destacara ferrugem asiática da soja, a qual pode ocasionar perdas na produtividade de grãos em até100%, perdas estas que variam de acordo com os níveis de resistência genética dos genótiposde soja. Nesse contexto, trabalhos que estudam à resistência da ferrugem asiática sãoimportantes uma vez que por meio de comparativos entre cultivares comerciais jádesenvolvidas, pode-se indicar qual delas possui melhor desempenho tanto em resistência aferrugem asiática quanto em produtividade. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencialgenético de cultivares de soja quanto à resistência a ferrugem asiática. Foram implantados trêsensaios no oeste de Santa Catarina, cada um constituído de doze tratamentos em delineamentode blocos completos casualizados, com três repetições. As parcelas foram constituídas porquatro sulcos de cinco metros de comprimento, com espaçamento de 40 cm entre sulcos.Foram analisadas as variáveis foram: severidade da doença (AACPD), peso de mil sementes(PMS) e a produtividade de grãos (PRO). A avaliação da severidade foi definida como aporcentagem da área foliar coberta com sintomas da doença, determinada com auxílio deescala diagramática, sendo realizadas avaliações de severidade a cada sete dias, em trifóliosde 10 plantas por parcela, sendo a média da severidade uma estimativa da média da doença naparcela. Através das notas de severidade foram obtidas as áreas abaixo da curva de progressodas doenças (AACPD). O peso de mil sementes foi avaliado após a colheita, em 10 plantas daárea útil, conforme descrito nas regras para análise de sementes. A PRO foi avaliada a partirda colheita de todas as plantas da parcela útil, sendo estimada em kg ha-1. Os dados foramsubmetidos à ANOVA individual e conjunta, mediante constatação de diferençassignificativas entre os tratamentos (p<0,05), as médias formam comparadas pelo teste ScottKnot, a 5% de probabilidade do erro. Constatou-se que as cultivares de soja apresentaramdiferentes graus de resistência a ferrugem asiática em função do ambiente em que foramavaliadas; todas as cultivares apresentaram elevado grau de resistência a doença, exceto DONMARIO 5.9i, SYN 1059 RR e 55I57RSF IPRO e as cultivares mais produtivas foram: SYN1059 RR em Concórdia e Iporã do Oeste, e DON MARIO 5.9i, BMX POTÊNCIA RR, DONMARIO 5.9i, BMX POTÊNCIA RR e TMG 7062 IPR em Novo Horizonte. A cultivar SYN1059 RR apresentou o maior rendimento de grãos em todos os locais em estudo.
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