Desde que foi decretada em dezembro de 2019, a pandemia da COVID-19 tomou enormes proporções. Neste contexto em que todos os aspectos da vida humana foram afetados, torna-se importante, no âmbito da saúde feminina, compreender quais os impactos da COVID-19 no ciclo menstrual, visto sua importância na vida das mulheres. O objetivo deste trabalho foi buscar estudos capazes de descrever as mudanças no ciclo menstrual observadas devido à COVID-19 e a fisiopatologia que está ligada a essas alterações, bem como suas consequências. Um ciclo menstrual normal é um indicador de boa saúde, ao passo que distúrbios no ciclo menstrual podem indicar condições subjacentes.. Diferentes tipos de células encontradas nas gônadas mostram a expressão da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) e serina protease transmembrana subtipo 2 (TMPRSS2), que fornecem vias de entrada fundamentais para o vírus SARS-CoV-2 na célula. Além disso, os efeitos biológicos sistêmicos da infecção por COVID-19 podem influenciar no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, aumentando o estresse e, consequentemente, o cortisol, exercendo um efeito global sobre o funcionamento do corpo. A revisão sistemática demonstrou que a COVID-19 influencia, de maneira reversível, no aumento ou diminuição na duração do ciclo, irregularidade menstrual, aumento do fluxo menstrual, escapes intermenstruais e sintomas mais intensos no período pré-menstrual, como dor abdominal e aumento da tensão pré-menstrual. Além disso, o impacto da pandemia na saúde mental e no comportamento sexual podem afetar a reprodução humana, sendo assim, a pandemia foi associada a um declínio na satisfação sexual, menor libido e menor frequência sexual.
A transmissão vertical do HIV e a sífilis congênita são consideradas problemas de saúde de extrema relevância na atualidade em nosso país. Acompanhando a heterossexualização e feminização da epidemia de AIDS, hoje mais que 90% dos casos de AIDS pediátrica são relacionados à transmissão materno-infantil, que pode ser reduzida de 25% para 0 a 2 % pelo diagnóstico da doença materna, pelo uso de tratamento anti-retroviral ou profilaxia com Zidovudina, pelo parto cesário e pela alimentação artificial para o recém-nato. Em relação à sífilis, a taxa de transmissão pode chegar a 100% na sífilis materna primária e a única chance de desfecho favorável é pelo diagnóstico materno e tratamento com a penicilina benzatina na gravidez. Mesmo considerando diferenças regionais, redução expressiva da transmissão vertical do HIV tem sido obtida, permanecendo a sífilis como um grande desafio. Em nosso município pouco se avançou nos últimos anos na redução da transmissão vertical do HIV e a sífilis ainda representa um enorme problema. Sem esforço conjunto de profissionais de Saúde, dos gestores e do governo a eliminação destas patologias não será possível num futuro próximo.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.